Mãe a quem tiraram 7 filhos critica proteção de menores
Na carta aberta, divulgada numa página de Facebook de apoio a Liliana Melo, ela promete que vai continuar a lutar para recuperar a guarda dos filhos. "Eu amo os meus filhos. E é por causa deste amor que eu não durmo, não sossego, não me calo e não vos vou dar tréguas, enquanto Deus me der vida e saúde, vou lutar incansavelmente por esses filhos que só precisavam que os pais tivessem outra oportunidade para organizar as suas vidas e não separando irmãos, pais e filhos e doando a estranhos".
A cabo-verdiana reitera ainda a vontade de regressar com os filhos à sua terra natal e garante que nunca teve apoios do Estado. "Um dia, o Juiz ordenou que me dessem um apoio para a autonomia de vida no valor de 153,00euro (...). Para mim fazia toda a diferença, porque já pagava a creche para 3 crianças. (....) Preferiram retirar-me os meus filhos, metê-los numa instituição ao qual o estado vai pagar a essas instituições da Segurança Social um valor de 750,00euro por criança".
Os comentários de Teresa Villas negando ter havido pressão para que Liliana Melo laqueasse a trompas são uma das principais críticas apontadas na missiva.
"Essa questão aparece 14 vezes ao longo do processo, explicando de diferentes formas a minha rejeição: "A mãe rejeita", "A mãe não quer", "A mãe insiste na rejeição", Enfim..."
Além da recusa em laquear as trompas, a mulher de 34 anos defende ainda que "a questão financeira" foi preponderante para ter ficado sem os filhos. Recorde-se que Liliana Melo perdeu os filhos para a adoção em junho do ano passado. As crianças tinham então entre seis meses e sete anos.
A carta deixa ainda um aviso à responsável da CPCJ, que o DN está a tentar contactar: "E já agora, sabe que posso processá-la por ter dado informações sobre um processo que é confidencial, doutora? Expondo a vida dos meus filhos. Mexeram no ninho errado".