No âmbito da sua visita a Itália, o presidente francês Emmanuel Macron encontrou-se também com o Papa Francisco no Vaticano. Houve tempo para debater vários assuntos da atualidade, entre os quais a crise migratória, a situação dos cristãos do Médio Oriente, as alterações climáticas e as ligações entre o Estado e a Igreja..Em abril, Macron discursou no Colégio dos Bernardinos sobre a deterioração das relações entre o Estado e a Igreja, afirmando que "um Presidente da República que alega estar desinteressado da Igreja e dos católicos fracassaria no seu dever". Estas declarações foram bem recebidas por parte da Igreja Católica, mas foram vistas pela esquerda como um ataque ao secularismo..O presidente francês chegou ao Vaticano acompanhado pela primeira-dama, Brigitte Macron. Depois de terem sido recebidos pelo número dois do Papa Francisco, Pietro Parolin, o chefe de Estado francês atravessou a sala Santo Ambrósio e a sala do trono e chegou à antecâmara da biblioteca, onde o líder da Igreja Católica o esperava..Macron ofereceu a Francisco uma antiga edição em italiano de um livro intitulado Diário de um Pároco de Aldeia, escrito por George Bernanos, uma obra que disse ser do seu agrado. Em troca, o presidente francês recebeu um bronze com a efígie de São Martinho, pintada à mão e medindo 19,7 centímetros de diâmetro. São Martinho ficou conhecido pelo gesto de dividir o seu casaco e dá-lo a um homem pobre. A descrição da peça de Guido Veroi indica que "elementos de força, como a sua armadura, o seu cavalo e a sua espada tornam-se em instrumentos de solidariedade e de altruísmo"..O encontro teve a duração de 57 minutos, mais cinco do que a visita do então presidente dos Estados Unidos Barack Obama em 2014, estabelecendo um novo recorde..Macron deverá convidar o Papa Francisco para visitar França, tal como o antecessor François Hollande o tinha feito. No entanto, esta não deverá ser uma prioridade a curto prazo para o Sumo Pontífice.