Maçã trama passageira de avião
A viagem a França de Crystal Tadlock teve um desfecho inesperado. Ao chegar ao aeroporto de Minneapolis, no Minesota, foi revistada pelas autoridades alfandegárias que encontraram uma maçã fatiada na mala de mão. Resultado: a fruta valeu-lhe uma multa de 500 dólares (cerca de 408 euros).
"É de loucos", disse a norte-americana ao canal de televisão CBS. Tadlock explica que a maçã foi-lhe dada durante o voo da companhia aérea Delta Airlines. Na altura não tinha fome, mas não queria desperdiçar a peça de fruta, pelo que guardou-a na mala para a comer mais tarde. E nunca mais se lembrou da maçã.
Nos Estados Unidos, os passageiros que não declarem produtos ou bens agrícolas arriscam a uma multa até aos mil dólares.
Enquanto esperava pelo último voo desta viagem, que a levaria até casa, no Colorado, a passageira foi surpreendida pelas autoridades. Relata a agressividade do agente que a confrontou com uma maça que estava no saco da Delta Air Lines. "Pedi desculpa, propus deitar a maçã para o lixo porque não precisava dela, mas isso não era uma opção", recorda.
"É triste que uma pessoa tenha de passar por uma situação destas: ser tratada como uma criminosa por causa de uma peça de fruta", lamenta em entrevista à estação de televisão KDVR.
A viagem a França ficou mais cara do que imaginou, até porque foi ganha num passatempo.
Mas o que está a incomodar mais Crystal Tadlock é o facto de lhe ter sido retirado o visto global entry, atribuído aos viajantes de "baixo risco". Com este documento a entrada nos EUA é mais fácil e rápida.
A norte-americana pretende reverter esta situação na justiça.
Um porta-voz da Delta Airlines referiu que aconselha todos os passageiros a lerem a documentação sobre as regras alfandegárias e de viagem. A companhia aérea admite que a peça de fruta foi dada durante um voo, mas era suposto ser comida no avião.