Lula ia entregar-se. Apoiantes não deixaram

Ex-presidente não conseguiu sair do sindicato para se entregar. Multidão impediu carro de avançar
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Lula da Silva entrou no carro para fazer a viagem que o levaria para a prisão. Apoiantes que estão concentrados à porta do sindicato dos metalúrgicos não deixaram o carro sair.

Quase 48 horas depois da ordem de prisão, o ex-presidente do Brasil tentou entregar-se às autoridades. Saiu de carro com os seus advogados, da sede do sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo, mas as centenas de pessoas que estão à porta das instalações não deixaram o carro seguir viagem. Agentes da polícia federal estariam, segundo indica o jornal O Globo, à paisana a tentar proteger o carro.

Tiveram de recuar e regressar ao interior do sindicato. Lula da Silva ia seguir para o aeroporto de Congonhas, onde embarcará para Curitiba, para cumprir o mandado de prisão.

Quando foi anunciada a ordem de prisão, dada na quinta-feira pelo juiz Sergio Moro, Lula da Silva decidiu não se entregar na superintendência da polícia de Curitiba. O antigo presidente referiu ficar rodeado de milhares de apoiantes, barricado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, em São Bernardo do Campo, a mais de 400 quilómetros da cela que lhe foi reservada.

Este sábado saiu para a missa de homenagem à sua mulher e falou à multidão que tem rodeado a sede do sindicato. Garantiu que ia entregar-se, porque há "milhões e milhões de Lulas por ai". "Eu sou uma ideia", afirmou. E as ideias não se "travam".

O ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, foi condenado a 12 anos de cadeia por corrupção.

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