Lula estará a negociar acordo entre a PT e Oi

O presidente do Brasil, Lula da Silva, estará a intermediar um acordo entre a PT e a operadora brasileira Oi para as duas empresas serem sócias naquele país, avança hoje o jornal Folha de S. Paulo.<br />
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De acordo com o jornal, que não cita fontes, o objectivo é que a PT e a Oi promovam um plano de expansão da rede de banda larga no Brasil, depois de terem sido goradas as negociações para a venda da participação da PT na brasileira Vivo à espanhola Telefónica.

"O Governo Lula articula uma operação para a Oi e a PT virem a ser sócias e possam avançar ainda este ano o Plano Nacional de Banda Larga", informa a Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal apurou, "o Governo estimula uma participação cruzada", em que "a PT teria uma fatia minoritária da Oi", mantendo o controlo da empresa de telecomunicações com capital nacional, "como deseja o Governo e prevê um acordo de accionistas".

O acordo prevê ainda que a Oi detenha uma participação minoritária na PT em empreendimentos da empresa na Europa e, eventualmente, em África, adianta o periódico, acrescentando que "o Governo de Portugal aprova a articulação brasileira".

"Lula [da Silva] e o primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, já trataram do assunto", realça.

A Lusa contactou a Oi e o Ministério das Comunicações do Brasil, que tem a tutela do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), mas não teve ainda resposta.

Fonte oficial da PT, também contactada pela Lusa, não comenta a existência de um eventual acordo com a Oi para a implementação do PNBL.

Na semana passada, a PT garantiu que não há "qualquer pré acordo ou acordo" para a compra de uma posição da operadora de telecomunicações brasileira Oi.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT esclareceu "não ter celebrado qualquer pré acordo ou acordo tendo em vista a aquisição de uma participação social na Oi".

Por seu lado, o presidente do BES, Ricardo Salgado, reconheceu a existência de "contactos e conversas" com a empresa de telecomunicações brasileira Oi.

"Temos que reinvestir no Brasil e esquecer a Telefónica, por mais que nos custe", defendeu o banqueiro, considerando que "a melhor forma" de evitar uma OPA à PT "é deixar ir a Vivo e reinvestir no Brasil".

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