Luisão revela o papel com quatro palavras que Vieira lhe entregou

Ex-capitão do Benfica fala de um momento decisivo depois do traumático fim de temporada em que os encarnados perderam três competições numa semana
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O arranque da temporada 2013/14 marcou também o arranque de um trajeto de conquistas para o Benfica, que partiu daí para um tetracampeonato inédito na história do clube. Para trás, meses antes, tinha ficado um fim de temporada dramático para as águias: foi o momento Kelvin aos 90+2 minutos, no Dragão, a "dar" o título de campeão ao FC Porto, a final da Liga Europa perdida para o Chelsea também nos minutos de compensação e a derrota na final da Taça de Portugal frente ao V. Guimarães, tudo no espaço de pouco mais de uma semana.

No começo da temporada seguinte, a de 2013/14, o Benfica começou a virar o destino a seu favor. E para isso muito terá contribuído um papelinho entregue pelo presidente Luís Filipe Vieira ao então capitão Luisão, revelou esta quinta-feira o antigo defesa brasileiro. Num evento sobre liderança, organizado pela revista Exame, o ex-jogador do Benfica disse que esse papel que lhe foi entregue pelo presidente continha quatro palavras que serviram de motivação para as conquistas que se seguiram.

"Depois do ano em que perdemos tudo aos 90'+2, quando regressámos a pressão era muito grande. E o presidente entregou-me um papel e disse-me que se conseguíssemos colocar estas quatro palavras no balneário vamos ser campeões. Isto à quarta jornada. Quando estamos envolvidos num propósito tudo fica fácil. Eu coloquei este papel à frente da minha cama e comecei a desenhar isso na minha cabeça. Quando fomos campeões, devolvi o papel. É preciso estarmos focados no nosso propósito", contou o atual diretor de relações internacionais, mostrando o papel com as quatro ideias-chave: determinação, humildade, compromisso e sempre ambiciosos.

Passando em revista alguns dos momentos que passou como jogador na Luz, Luisão lembrou que sempre gostou "dos momentos difíceis" como capitão do Benfica. "Desfrutava dos momentos fáceis, chegava a casa cansado, mas gostava muito dos momentos difíceis. Nos tempos de Trapattoni perdemos um jogo e dei uma entrevista onde disse que iriam ver quem iria comemorar em maio. E não é que deu certo? O papel do líder é tirar o foco da cobrança sobre a equipa. Uma vez, os adeptos do Benfica estavam a vaiar e quando virámos o jogo mandei-os calar. Foi uma forma de tirar a pressão dos outros", revelou o ex-capitão, que disse ainda ver o seu sucessor, Jardel, a envergar a braçadeira do Benfica "durante muitos anos":

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