Lucros do BPI quase triplicam para 307 milhões de euros em 2021

Banco anunciou esta quarta-feira as contas referentes ao ano de 2021.
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O BPI registou, em 2021, um lucro consolidado de 307 milhões de euros, um crescimento de 192% face aos 105 milhões de euros de 2020, anunciou esta quarta-feira o presidente executivo do banco, João Pedro Oliveira e Costa, em conferência de imprensa.

Segundo o banco, na atividade em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI ascendeu a 200 milhões de euros, o que compara com os 84 milhões de euros registados em 2020.

"O resultado como reportado em Portugal, que inclui custos não recorrentes com reformas antecipadas e rescisões voluntárias, ascendeu a 179 milhões de euros em 2021 (66 milhões de euros no ano anterior)", sendo que o contributo da participação no BFA para o resultado consolidado foi de 106 milhões de euros (que inclui os 40 milhões de euros do dividendo de 2020 e 50 milhões de euros da distribuição de reservas reconhecidas em resultados)", referiu a instituição, num comunicado, indicando ainda que o contributo da participação no BCI foi de 23 milhões de euros em 2021".

A instituição indicou ainda que "os recursos totais de clientes cresceram 9%, totalizando 40.305 milhões de euros no final de 2021".

Por outro lado, "os depósitos de clientes aumentaram 11%, totalizando 28.872 milhões de euros" e representando "71% do ativo", constituindo assim "a principal fonte de financiamento do balanço", destacou o BPI.

Por sua vez, "os ativos sob gestão aumentaram 12,6%, para 10.861 milhões de euros, com os fundos de investimento a registar um crescimento expressivo de 18,2% face ao ano anterior", referiu o banco.

"A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 7,1%" face ao ano anterior, "para 27.529 milhões de euros, o que corresponde a um incremento de 1.834 milhões de euros", destacou o banco.

Segundo a instituição, "a carteira de crédito a empresas cresceu 4,5% para 10.523 milhões de euros", sendo que "a carteira de crédito à habitação aumentou 9%, "ou 1.080 milhões de euros, para 13.089 milhões de euros".

O banco sublinhou que a "contratação de crédito hipotecário cresceu 40% face a 2020, alcançando 2.443 milhões de euros", garantindo que "atingiu uma quota de mercado na contratação acumulada até novembro de 15,8%, enquanto a quota de mercado de crédito hipotecário em carteira ascendeu a 13,1% no mesmo mês".

Já a carteira de outro crédito a particulares aumentou 3,8%, totalizando 1.803 milhões de euros, indicou.

No ano passado, "o produto bancário registou um crescimento significativo de 7,6% face ao período homólogo" e a margem financeira continuou a mostrar resiliência com uma subida de 1,2% "para 456 milhões de euros, assente no crescimento do volume de crédito e no contributo da atividade de gestão do balanço (Asset/ Liability Management -- ALCO)".

Questionado sobre o crescimento baixo da margem, o presidente do banco destacou que, tendo em conta as condições atuais, "não há milagres" para fazer crescer este valor.

"Se mantivermos vai ser fantástico", disse, apontando as taxas de juro negativas e o peso dos depósitos no balanço e rejeitando que fosse possível subir preços dos créditos.

Por outro lado, segundo o BPI, as comissões líquidas aumentaram 18% face ao período homólogo, para 288 milhões de euros, um crescimento para o qual "contribuiu o forte dinamismo na venda de fundos de investimento e seguros de capitalização, bem como o aumento das comissões bancárias associadas a crédito e a contas e das comissões de intermediação de seguros".

O rácio de Non Performing Loans (NPL), ou seja, crédito em incumprimento, desceu 0,1 p.p. (pontos percentuais) para 2% e "estavam cobertos a 150% por imparidades e colaterais no final do exercício", assegurou o BPI.

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