Louçã avisa que austeridade vai atrás de todos os salários
Francisco Louçã deixou claro que quando se corta salários na Função Pública, como se fez em Portugal, todos os outros salários levam o mesmo caminho e afectam todos os trabalhadores.
O líder bloquista contestou uma vez mais o acordo feito pelo PS, PSD e CDS com a troika lembrando que a última vez que Portugal teve uma intervenção do FMI os trabalhadores perderam em dois anos 15 % do seu salário.
Louçã frisou que na anterior intervenção se verificou "uma enorme transferência de recursos e não se viu o país avançar no sentido da modernidade".
Para o líder do BE "Esta é uma boa razão para não se fazer de novo o mesmo caminho". E deixou ainda o alerta de que se Portugal tem hoje 696 mil desempregados dentro de um ano o seu número será de um milhão.
Criticou ainda o campeonato das privatizações entre Sócrates e Passos Coelho lembrando que o actual primeiro-ministro já há 11 anos quis a entrada de privados nas Águas de Portugal. E ironizou: "mais depressa se apanha um privatizador do que um coxo".