Los Angeles quer proibir venda de peles. E espera que a moda pegue no mundo inteiro
A imagem clássica de glamour das atrizes de cinema envergando enormes (e caríssimos) casacos de peles está definitivamente ultrapassada e Los Angeles, onde se situa Hollywood, prepara-se para dar o que pode bem ser um golpe de misericórdia neste negócio naquela cidade.
A Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, a proibição da venda e o fabrico de quase todos os produtos feito à base de peles de animais.
O vereador Paul Koretz, um dos mentores da ideia, tem a ambição de que se a proposta passar a letra de lei pode levar a proibições generalizadas em todo o mundo.
"Los Angeles é, à escala planetária, uma das capitais da moda. Se isso acontecer em Los Angeles pode acontecer em qualquer cidade mundial. Esperamos ser um exemplo para o resto dos Estados Unidos e também para o mundo", afirmou Paul Koretz em conferência de imprensa realizada, estrategicamente, fora das instalações da Câmara Municipal de Los Angeles.
"Não estamos a fazer nada de novo, em Los Angeles. São Francisco tomou essa medida, West Hollywood também. Mas nunca uma cidade da dimensão de Los Angeles. Esperamos que Nova Iorque, Chicago e Miami estejam atentos ao que se está a passar em Los Angeles", continuou Paul Koretz que apresentou a proposta em conjunto com outro vereador, Bob Blumenfield.
A mesma teve uma votação unânime de 12-0, sendo remetida agora para a Procuradoria que depois a devolverá, já na qualidade de decreto, à Câmara Municipal para a aprovação e posterior homologação por parte do presidente da Câmara, Eric Garcetti. Só depois destes passos todos tornar-se-á lei.
Não é ainda conhecido, nem estudado, o impacto económico que esta proposta pode vir a ter sobre a economia da cidade, ainda que a proibição não seja extensiva a venda de produtos de peles usados.
Em março, São Francisco tornou-se a maior cidade americana a proibir a venda e o fabrico de peles. A proibição entra em vigor a 1 de janeiro, mas permite que os comerciantes vendam todos os produtos que tenham em armazém até 1 de janeiro de 2020.