Longas filas nas assembleias de voto de Quelimane
"Está tudo a correr bem. Todas as assembleias abriram. São 141 assembleias de voto em Quelimane, existe normalidade, e esperamos que seja assim durante todo o dia", disse à Lusa um elemento da Comissão Provincial de Eleições de Quelimane após a abertura das urnas.
Em Quelimane, capital da Zambézia, litoral centro de Moçambique, estão registados 105 mil eleitores.
As filas, com muitas mulheres nos lugares da frente, formaram-se muito antes da abertura das assembleias de voto espalhadas pelos cinco bairros administrativos da cidade.
O presidente do município, Manuel de Araújo, que se recandidata pelo MDM, votou nas instalações da escola primária do Coalane e o candidato da Frelimo, Abel de Albuquerque, na assembleia de voto do campo do Benfica.
"Como primeiras impressões, a eleição está a decorrer normalmente, num ambiente pacífico, que era o que nós estávamos a prever. Eu tenho um sentimento de grande orgulho por ter exercido este meu direito cívico e exorto os meus concidadãos que também o façam porque esta oportunidade é impar e é um assunto que mexe com todos nós", disse aos jornalistas Abel de Albuquerque.
Quando questionado sobre a possibilidade de o partido do governo perder as eleições em Quelimane, Albuquerque respondeu que as autárquicas são um "processo" que, se decorrer dentro dos "parâmetros aceitáveis, não há como não reconhecer" os resultados.
"Este é um processo em que se sai a perder ou a ganhar. O que interessa é que nós nos convençamos que, sendo um processo, temos de aceitar os resultados", sublinhou o candidato da Frelimo.
Manuel de Araújo, após ter votado, apelou para a participação dos munícipes nas eleições autárquicas que considera também uma "homenagem" a todos os moçambicanos que lutaram pela liberdade.
"Aqueles que morreram, perderam os seus pés, as suas mãos para que Moçambique fosse democrático... Agora, depois desta votação vou-me dirigir à campa de um dos heróis - o general Bonifácio Gruveta Massamba - para agradecer por ter lutado para que este país ficasse independente", afirmou Araújo.