Loja solidária deve atender 100 famílias carenciadas por mês

A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima prevê que a nova loja solidária na cidade atenda, em média, cerca de 100 famílias carenciadas por mês, disse à agência Lusa o presidente da instituição.
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"Alargámos o horário de atendimento e temos mais duas voluntárias a prestar apoio a tempo inteiro. Se antes éramos procurados por 40 famílias, agora podemos chegar às 100", admitiu Júlio Coelho Martins.

A inauguração do espaço, ontem, aconteceu depois de terem sido divulgados números que revelaram um crescimento de 120%, nos dois últimos anos, nos apoios financeiros concedidos pela Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima a famílias carenciadas.

A loja solidária, que sofreu obras de requalificação, tem as portas abertas num espaço cedido pelo Seminário Diocesano de Leiria, oferecendo roupas, materiais de cozinha, têxteis, móveis, sofás, cobertores, sapatos e brinquedos.

"Há um prévio atendimento [às famílias] e é feito um enquadramento do perfil e das necessidades", explicou, salientando que "foi aprovado um novo regulamento interno", que, em articulação com a loja social da Cruz Vermelha, pretende "evitar situações de sobreposição".

O presidente da instituição expressou a convicção de que "haverá um maior fluxo antes do Natal", sobretudo por famílias que procurem roupas e brinquedos para as crianças, pelo que, destacou, "a abertura da nova loja solidária neste momento teve isso em conta".

A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima registou um aumento de 120%, entre 2010 e 2012, nas ajudas financeiras a famílias carenciadas da região. Em 2010, o apoio financeiro foi de 14 mil euros, subindo, em 2012, para mais de 20 mil euros. Entre janeiro e outubro de 2012, o número de casos atendidos cresceu 20% em relação a igual período de 2011.

"As pessoas que recorrem à Cáritas pedem sobretudo alimentos, o pagamento de medicamentos, água, luz, rendas de casa e de deslocações", explicou o responsável, admitindo um agravamento dos pedidos de ajuda na área de influência - concelhos de Pombal, Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Alcobaça e Ourém.

"O acréscimo de casos está ligado ao desemprego e à falência de pequenas empresas familiares", sublinhou, alertando que "é provável que a situação piore no próximo ano com a diminuição dos rendimentos e o aumento dos impostos".

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