Livro de Kate McCann revela tendências suicidas

O livro da mãe de Madeleine McCann, que será lançado a 23 de Maio em Lisboa, revela que Kate teve tendências suicidas e ainda uma profunda depressão que quase destruiu o seu casamento.
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No novo livro, intitulado "Madeleine", de que alguns trechos são hoje publicados pelo 'The Sunday Times', Kate McCann conta a história do desaparecimento da filha e revela a angústia sofrida, não só pela ausência de Madeleine, como também pelos boatos que puseram em dúvida a versão dos pais.

Contrariando relatos de pessoas que não a conheciam, mas que a descreveram como "fria e incapaz de emocionar-se", a mãe de Madeleine conta que sofreu ataques nervosos diante dos amigos que viajaram para Portugal para a acompanhar e sentiu mesmo tendências suicidas.

"Sentia uma vontade imensa de me lançar ao mar e nadar o mais rápido possível para longe da costa até à exaustão e deixar que a água me engolisse para aliviar finalmente aquele tormento", conta Kate McCann, que via a dor física como "a única forma de escapar à dor que sentia internamente".

McCann confessa que com o desaparecimento da criança imaginou as coisas mais terríveis, para desespero do seu marido, Gerry McCann, cuja capacidade de se "desligar" parecia mostrar insensibilidade.

"Às vezes parecia-me ofensivo que [Gerry] não parecesse sofrer tanto a perda. Quando ele propunha que fizéssemos algo de agradável eu punha-me a chorar", escreve a mãe de Madeleine, que acrescenta que até conseguir sentir "qualquer prazer" passou muito tempo.

"Não queria ver televisão, ler um livro, ouvir música... Como poderia sentir prazer se me faltava a minha filha?", afirma Kate McCann, que publica este livro para financiar a campanha 'Find Madeleine'.

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