Lisboa espera de Washington "toda a clareza no reforço da ligação transatlântica"
Com as cautelas próprias da diplomacia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recusou manifestar-se sobre o eventual resultado das eleições presidenciais americanas, preferindo sublinhar que "o Governo português trabalhará com qualquer administração na base da enorme relação de confiança recíproca e de cooperação que existe entre os dois países".
Falando aos jornalistas, no Parlamento, antes da sua participação na Comissão de Orçamento e Finanças - no âmbito das audições do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2017 -, Santos Silva disse ter "uma absoluta certeza", de que estas "eleições decorrerão com toda a normalidade" e que "o povo americano escolherá o seu próximo ou a sua próxima presidente".
Quando questionado sobre se é indiferente o resultado, o ministro dos Negócios Estrangeiros insistiu que o Governo de Lisboa espera "da próxima Administração dos Estados Unidos toda a clareza no reforço da ligação transatlântica e nos compromissos que os Estados Unidos já assumiram, e continuarão a assumir certamente, em relação a instituições multilaterais, como por exemplo a Aliança Atlântica".
Na hora de dizer se isso pode ser feito com qualquer um dos candidatos, Santos Silva chutou para canto. "Não quero interferir na eleições americanas", disse.