Marcelo e Costa em "choque" com "vil assassinato" de Shinzo Abe

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu após ter sido baleado enquanto discursava num comício. A presidente da Comissão Europeia lembrou Shinzo Abe como "um grande democrata" e lamenta o "assassínio brutal e cobarde", que está "a chocar o mundo inteiro".
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O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se "chocado com o vil assassinato" do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, que foi esta sexta-feira alvejado enquanto discursava num comício.

Numa nota publicada no site da Presidência, Marcelo apresenta "ao Estado japonês as suas respeitosas condolências e repudia esta lamentável manifestação de violência".

O Governo português, através do primeiro-ministro, expressou "pesar e choque" pelo assassinato de Shinzo Abe, lamentando a morte de um democrata e líder histórico de um "país amigo" de Portugal.

Esta posição de António Costa foi divulgada através de uma mensagem que publicou na rede social Twitter.

"É com pesar e choque que sabemos do assassinato de Shinzo Abe, antigo primeiro-ministro japonês. Lamentamos a morte de um democrata e líder histórico de um país amigo, com o qual Portugal tem relações centenárias", escreveu o chefe do Governo português.

Nesta mensagem, o primeiro-ministro deixou depois "sinceras condolências à família" de Shinzo Abe e ao povo japonês.

"Não há lugar para a violência na política. Portugal condena o ataque contra o antigo primeiro-ministro Shinzo Abe e reiteramos a nossa solidariedade a todos os amigos japoneses", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, também numa nota publicada na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o chefe da diplomacia portuguesa acrescentou que Portugal envia em especial "uma mensagem de apoio à família de Shinzo Abe neste momento muito difícil".

Os líderes das três principais instituições da União Europeia (UE) lamentaram o assassínio do antigo primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, classificado como um defensor da democracia e do pluralismo.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, denunciou o ataque cobarde contra Shinzo Abe, que considerou "um verdadeiro amigo e feroz defensor da ordem multilateral e dos valores democráticos".

"Estou chocado e triste com o ataque cobarde contra Shinzo Abe enquanto desempenhava funções profissionais", escreveu Michel na sua conta na rede social Twitter.

Na mesma rede social, a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu o ex-primeiro-ministro japonês como "uma pessoa maravilhosa, um grande democrata e campeão da ordem mundial multilateral", adiantando que o seu "assassínio brutal e cobarde está a chocar o mundo inteiro".

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse, também num 'tweet', estar "triste e chocada" com o acontecimento.

O "Japão perdeu um grande primeiro-ministro", lamentou o presidente francês, Emmanuel Macron nas redes sociais.

Abe "dedicou a vida ao seu país e trabalhou pela estabilidade no mundo", destacou ainda o chefe de Estado francês.

O ainda primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que na quinta-feira apresentou a demissão, também reagiu à notícia "incrivelmente triste" da morte do antigo chefe do governo japonês. Lembrou a "liderança mundial" de Shinzo Abe em "tempos desconhecidos", que, segundo o britânico, "será lembrada por muitos".

Terminou ao declarar que o Reino Unido está ao lado da família e amigos de Abe, bem como do povo japonês neste "momento sombrio e triste".

O chanceler alemão mostrou-se igualmente "chocado e profundamente triste" com a morte do ex-primeiro-ministro do Japão. "Nas horas mais difíceis estamos com o Japão", escreveu Olaf Scholz no Twitter.

"Notícias horríveis" e "assassinato brutal" foram algumas das palavras usadas pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lamentar a morte do ex-primeiro-ministro japonês.

Para Zelensky trata-se de um ato hediondo de violência" que "não tem desculpa".

O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu hoje depois de ter sido atingido a tiro enquanto discursava num comício eleitoral em Nara, uma cidade no oeste do Japão, anunciou o seu partido.

Abe, 67 anos, foi atingido pelas costas quando fazia um discurso na rua antes das eleições parlamentares de domingo.

Notícia atualizada às 12:28

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