Lenine Cunha recolhe fundos para tentar saltar ainda mais além

De Gaia para o mundo: Lenine tornou-se uma figura internacional do atletismo para deficientes intelectuais e não quer parar tão cedo
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Um ataque de meningite aos 4 anos tirou-lhe memória, fala, parte da visão e da audição. Lenine Cunha não se deixou abater e começou a saltar os obstáculos - tão bem, que hoje é campeão do mundo de triplo salto (na categoria de atletas com deficiência intelectual) e bronze paralímpico de salto em comprimento. Vinte e cinco anos após começar a praticar atletismo - para tentar libertar-se das sequelas da doença -, intitula-se "o atleta mais medalhado do mundo" mas não pensa parar. Agora tem em curso uma recolha de fundos para financiar a preparação para os Paralímpicos de 2016 e apoiar o clube que acaba de fundar.

A campanha de crowdfunding (recolha de donativos na internet, a partir de http://ppl.com.pt/pt/causas/lenine-cunha) ainda está longe do objetivo final: dez mil euros, metade para a preparação do atleta até aos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro (em setembro) e os restantes 50% para o Sport Clube Lenine Cunha, em que o gaiense quer "ajudar à formação de jovens" praticantes.

A recolha de fundos decorre até 15 de janeiro de 2016. Lenine mantém a esperança de atingir a fasquia dos dez mil euros mas admite que qualquer ajuda "será bem-vinda". Afinal, embora o atleta paralímpico esteja a sair da sombra - "houve muita gente a dar-me os parabéns pela vitória nos Mundiais [de atletismo do Comité Paralímpico Internacional (IPC) realizados em outubro no Qatar]" - ainda sente dificuldade em reunir apoios.

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