Leão sofre para vencer no jogo da redenção de Adán
O Sporting venceu este sábado nos Açores o Santa Clara, por 2-1, num jogo em que dominou na primeira parte e sofreu muito na segunda, valendo a boa exibição do guarda-redes Adán, que tinha sido criticado após o descalabro em Marselha, e acabou por ser decisivo com pelo menos três intervenções de relevo.
Rúben Amorim deixou Gonçalo Inácio no banco e deu a titularidade a St. Juste no eixo da defesa. Mas a principal alteração foi a aposta de início em Paulinho, com Trincão a começar no banco. Do lado do Santa Clara (atuou com nove brasileiros no 11 e apenas um português, Ricardinho), face aos vários impedimentos, o treinador Mário Silva foi obrigado a fazer várias mexidas, sobretudo na defesa, trocando inclusivamente de guarda-redes, com Gabriel Batista a estrear-se.
Mesmo sem forçar muito, o Sporting foi sempre a equipa que mais procurou o golo na primeira parte. E no espaço de cinco minutos viu duas grandes penalidades revertidas pelo VAR. Primeiro aos 17", com Soares Dias a assinalar castigo máximo após suposta falta sobre Nuno santos, mas consultado o vídeoárbitro voltou atrás na decisão. E aos 22", numa suposta mão que afinal também não foi.
O primeiro golo leonino surgiu aos 29", por Morita, ex-jogador do Santa Clara. O japonês (que não festejou por respeito) marcou de cabeça, depois de um primeiro remate de Edwards que Gabriel defendeu para frente.
No início do segundo tempo, o Sporting apanhou um grande susto, valendo os bons reflexos de Adán, que fez uma grande defesa a um remate de Bicalho que sofreu um desvio.
Os açorianos transfiguraram-se na segunda parte, e surgiram mais vezes junto da área leonina, resultando as alterações feitas por Mário Silva. Aos 68" Adán voltou a brilhar com uma grande intervenção a um remate forte da fora da área de Ricardinho. Foi a redenção do guarda-redes espanhol depois do descalabro em Marselha, como que a responder à confiança de Rúben Amorim - "22 minutos não apagam 92 jogos e quatro títulos".
O Santa Clara, aproveitando um estranho adormecimento do Sporting na segunda parte, foi sempre a equipa mais perigosa. E Adán voltou a ser decisivo aos 83", com uma enorme defesa a remate de Bruno Almeida. Em cima dos 90", os leões voltaram a marcar, num remate cruzado e colocado de Nuno Santos à entrada da área. Um golo que permitiu a Rúben Amorim respirar de alívio, apesar de em cima do apito final ter visto os açorianos reduzirem por Tagawa.