Latas de gás lacrimogéneo voltam a interromper sessão no parlamento do Kosovo
O Parlamento debatia se Hashim Thaçi deveria ou não ser eleito para presidente do país.
Partidos da oposição solicitaram a suspensão da eleição de Thaçi, acusando-o de servir como intermediário num acordo com a Sérvia para ceder mais autoridade aos sérvios que vivem no Kosovo.
O país tornou-se independente da Sérvia em 2008 mas as relações entre ambos continuam tensas.
Thaçi, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, foi, durante a guerra do Kosovo, um dos líderes do Exército de Libertação do Kosovo (UÇK), dominado por albaneses, tendo sido, na altura, apoiado por figurantes importantes da oposição. Agora, porém, é a acusado por estas de ser corrupto e de estar sedento de poder. Os críticos consideram que a constituição do Kosovo requer um presidente que una o país e acusam Thaçi, que foi primeiro-ministro entre 2008 e 2014, de ser precisamente o oposto.
A possibilidade de vir a ser eleito tem desencadeado vários protestos na capital do Kosovo, Pristina, com muitos manifestantes a acampar na praça Skanderbeg, a principal da cidade.
Não é a primeira vez que o Parlamento é interrompido desta forma. Nos últimos meses a situação tem sido recorrente e apesar do reforço das medidas de segurança, deputados da oposição continuam a trazer latas de gás lacrimogéneo para interromper as sessões.
Em janeiro os manifestantes colocaram um edifício do governo a arder.