Largarde faz grandes elogios a Portugal em conferência na Alemanha
Portugal recebeu grandes elogios da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) numa conferência que decorreu esta quinta-feira à noite, dia dos namorados, em Munique, na Alemanha.
O encontro reuniu dezenas de economistas, políticos, empresários e gestores de topo da maior economia da zona euro, que também é dos maiores investidores na economia portuguesa.
Na sua intervenção, que versou sobre o que é preciso para dar mais coesão e força ao projeto europeu, intitulada "O próximo capítulo da unidade na Europa", Christine Lagarde foi buscar vários exemplos de sucesso, mas sublinhou sobretudo o caso português para mostrar como foram feitas coisas "boas" no mercado de trabalho e no ambiente de negócios.
A economista tinha começado o discurso, lembrando a audiência que iria tentar celebrar o dia dos namorados através de exemplos bonitos na economia. Portugal foi um dos escolhidos.
"Seria negligente da minha parte se não desejasse a todos um feliz Dia dos Namorados. Espero que a vossa ideia de uma noite romântica fique repleta de conversas sobre os benefícios da convergência económica. É isso que vou tentar fazer esta noite", começou por dizer.
"Ainda que a falta de investimento em educação e qualificações seja um fator crítico, há também a questão da flexibilidade no emprego. Muitas empresas enfrentam custos desnecessários indevidos quando precisam de contratar e despedir", referiu a chefe do FMI.
"Se enfrentarmos este desafio, podemos ajudar a desbloquear oportunidades de emprego para todos os cidadãos - especialmente os jovens que tentam entrar no mercado de trabalho ou progredir na carreira", continuou.
E logo de seguida concluiu com o caso nacional. "Em Portugal, por exemplo, as recentes reformas do mercado de trabalho deram maior flexibilidade às empresas. Como resultado, as empresas estão agora mais dispostas a arriscar em fazer novas contratações e a oferecer contratos permanentes em vez de temporários".
Ou seja, na opinião de Lagarde, em Portugal "as reformas estão a funcionar". "A maior parte do forte crescimento do emprego em Portugal nos últimos anos é impulsionado por empregos com contratos permanentes".
Mas a líder do FMI, que era um dos maiores credores de Portugal até o país ter saldado em dezembro passado todo o empréstimo do tempo do resgate da troika (cerca de 27 mil milhões de euros), continuou a evidenciar outros pontos positivos.