Lamego. "Foi uma explosão fora do normal"

Secretário de Estado Jorge Gomes esteve esta quarta-feira em Avões, Lamego
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O Secretário de Estado da Administração Interna esteve esta manhã em Lamego, junto do local onde aconteceu ontem a explosão que fez cinco mortos e três desaparecidos, numa fábrica de pirotecnia.

Jorge Gomes referiu que as famílias das vítimas estão com "apoio psicológico permanente" e que, neste momento, a prioridade das autoridades é "encontrar as oito pessoas que estavam no perímetro". "É isso que nos preocupa", frisou.

Questionado se ainda havia esperança de encontrar pessoas com vida, o secretário de Estado respondeu apenas: "não me atrevo a dizer isso". E acrescentou que "foi uma explosão fora do normal".

Setenta e cinco operacionais estão a tentar encontrar as três pessoas desaparecidas na sequência das explosões, disse ainda o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

Em declarações aos jornalistas às 10:30, Jorge Gomes explicou que se mantém a mesma situação de terça-feira à noite, com cinco corpos encontrados - que ainda não foram identificados - e três pessoas desaparecidas.

"Os 75 operacionais que se encontram no terreno estão a fazer pesquisas numa área bastante grande. A explosão foi de uma dimensão fora do normal e obriga a que tenha de ser batida uma área bastante grande para tentarmos ver se encontramos as três pessoas desaparecidas", referiu.

As buscas estão a decorrer num diâmetro de 600 metros, acrescentou.

Jorge Gomes garantiu que as entidades presentes estão a tentar fazer o trabalho com rapidez, em respeito pelas famílias e para que estas possam fazer o luto.

No local, estão a delegada do Procurador da República de Vila Real, a GNR, a PJ, o INEM, os bombeiros, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a PSP, o Instituto de Medicina Legal do Porto e a delegada de saúde.

"Ainda não há corpos identificados, estão a trabalhar nesse processo", afirmou aos jornalistas, explicando que "são precisas várias entidades" para este processo, sendo que a delegada do Ministério Público "é quem vai dar ordem de levantar os corpos", o Instituto de Medicina Legal "vai ajudar no reconhecimento" e a PJ, a PSP e a GNR estão em peritagens.

"Isto leva o seu tempo, infelizmente", frisou. "Vamos aguardar com alguma serenidade que as autoridades nos deem respostas".

A explosão ocorreu cerca das 17:50 de terça-feira e deixou destruída uma fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego.

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