Lady Gaga exigiu fim da discriminação aos homossexuais

Lady Gaga tocou hoje alguns acordes do seu êxito "Born This Way" e exigiu o fim da discriminação contra os homossexuais, considerando-se uma "filha da diversidade, durante o desfile Europride, que decorreu em Roma.
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A cantora, que surgiu de cabeleira verde, deliciou os milhares de fãs com um breve espectáculo em Roma, mas dedicou grande parte da sua presença a denunciar a intolerância e a discriminação contra os homossexuais e transsexuais. "Muitas vezes perguntam-se o quanto eu sou gay e a minha resposta é: sou uma filha da diversidade", disse. Lady Gaga lamentou ainda que os jovens homossexuais sejam muitas vezes susceptíveis ao "suicídio, isolamento e auto aversão".

Centenas de milhares de pessoas desfilaram hoje em Roma no Europride, uma parada homossexual que serviu para protestar contra os ditames do Vaticano e a Itália "retrógrada" do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Muitas levavam cartazes em que a cúpula da Basílica de São Pedro surgia cortada por um "não" ou que proclamavam "Papa não, Gaga sim", referindo-se à artista norte-americana Lady Gaga, que actuou depois do desfile. Entre 300 mil e 500 mil, segundo a polícia - com a organização a fixar-se nos 400 mil - dançaram à volta de cerca de 40 camiões, com um pequeno comboio reservado para as "famílias arco-íris" de pais homossexuais e as suas crianças.

No ano passado, quando questionado sobre os escândalos sexuais em que esteve envolvido, Silvio Berlusconi respondeu que "é melhor gostar de meninas bonitas do que ser 'gay'". Hoje, os manifestantes do Europride retribuíram o "mimo": em cartazes e camisolas, um dos dizeres era "é melhor ser 'gay' do que ser Berlusconi".

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