Ken Loach sempre fiel ao realismo

<strong>EU, DANIEL BLAKE</strong>, de Ken Loach
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No passado mês de maio, este foi o filme que fez entrar o inglês Ken Loach na lista reduzida dos cineastas que já ganharam duas vezes a Palma de Ouro no Festival de Cannes (acontecera pela primeira vez em 2006, com Brisa de Mudança). Na verdade, a vitalidade do seu trabalho de mais de meio século decorre, antes de tudo o mais, de uma intransigente fidelidade a uma forma de realismo em que as contradições internas da sociedade britânica surgem sempre expostas e criticadas a partir de casos individuais muito específicos.

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Desta vez, Daniel, a personagem central, é um carpinteiro de meia-idade, enredado na teia burocrática da segurança social, estabelecendo uma inesperada aliança afetiva com uma mãe solteira - Daniel é brilhantemente interpretado por Dave Johns, um actor que, afinal, provém do universo da comédia e, em particular, do stand up. A não esquecer que, em paralelo com o lançamento de Eu, Daniel Blake, se estreia o documentário Versus: A Vida e os Filmes de Ken Loach, dirigido por Louise Osmond.

Classificação: *** bom

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