Kanye West com documentário cancelado e parceria com a Adidas terminada
Depois de a marca Balenciaga ter rompido a ligação com Kanye West, agora foi a empresa alemã de artigos desportivos Adidas que terminou a colaboração com o rapper, depois dos seus comentários antissemitas das últimas semanas.
"Após uma análise profunda, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye", anunciou a empresa em comunicado.
"A Adidas não tolera o antissemitismo, nem qualquer outra forma de discurso de ódio", disse o grupo, que também "deixará de fabricar os produtos" da marca Yeezy, do artista.
Durante muito tempo, a colaboração entre a Adidas e a estrela americana foi uma das mais lucrativas do mundo. Lançada desde 2014, a coleção Yeezy tem sido um sucesso e ajudou a tornar Kanye West um bilionário.
A relação entre os dois parceiros deteriorou-se, visivelmente, nos últimos meses, como resultado de várias polémicas protagonizadas pelo artista.
A empresa informou no início deste mês que estava a reavaliar a ligação a West, depois de este aparecer num desfile de moda em Paris com uma camisola onde se podia ler "White Lives Matter". A frase é uma reação dos grupos de extrema-direita e supremacistas brancos nos Estados Unidos ao movimento antirracista "Black Lives Matter".
Um documentário sobre Kanye West - agora Ye - foi também cancelado devido aos mais recentes comentários do rapper norte-americano.
"Não podemos apoiar nenhum conteúdo que alargue o seu palanque", informaram os executivos do estúdio MRC Modi Wiczyk, Asif Satchu e Scott Tenley.
Kanye West foi ainda recentemente banido das redes Twitter e Instagram por publicar uma mensagem ameaçadora contra a comunidade judaica.
O cantor também sugeriu que a escravidão era uma escolha e disse que a vacina contra a covid-19 era a "marca da besta".
O cancelamento do documentário surge apenas alguns dias depois de a casa de moda francesa Balenciaga ter cortado a relação com Kanye West, segundo o Women's Wear Daily.
Também o diretor-executivo da United Talent Agency (UTA), Jeremy Zimmer, condenou a atitude do 'rapper' e denunciou o antissemitismo.