Seif al-Islam, que no domingo os rebeldes alegaram ter detido e que o procurador do Tribunal Penal Internacional, Luis Moreno-Campo, garantira que iria ser extraditado para Haia já que tem um mandado internacional por crimes contra a humanidade na Líbia, surgiu esta noite no hotel Rixos, em Tripoli, onde está alojada a imprensa internacional..Seif al-Islam, de 39 anos, considerado por muitos como potencial sucessor do líder líbio, levou esta noite um grupo de jornalistas estrangeiros a darem um passeio de carro blindado pelas zonas da capital líbia ainda sob o controlo do regime e quando questionado por um repórter da BBC se o seu pai está a salvo na capital, respondeu "é claro", sem avançar mais detalhes.."Quebrámos a espinha dorsal dos rebeldes", disse ao alegar que as forças opositoras ao regime caíram numa "armadilha": "Fizémo-los passar por um mau bocado, então estamos a ganhar", acrescentou..Mas o paradeiro de Kadhafi ainda é incerto. O seu complexo residencial Bab al-Azizia está a ser defendido pelas tropas do regime e uma fonte diplomática disse à AFP que o líder líbio poderá ainda encontrar-se no seu interior, mas aquele não surge em público há meses, apesar de serem divulgadas mensagens suas de áudio a partir de local desconhecido..Numa mensagem divulgada no domingo, Kadhafi exortou os habitantes de Tripoli a "salvarem" a capital dos rebeldes..Os rebeldes alegam ter assumido o controlo de cerca de 80 por cento da capital da Líbia, incluindo a sede da televisão estatal, mas um correspondente da BBC que acompanha os rebeldes informou que as forças de Kadhafi já reconquistaram parte do território..No complexo residencial de Kadhafi, Seif al-Islam disse também esta noite a um grupo de três jornalistas que a cidade está "sob o controlo" do regime.."Viram como o povo líbio se levantou" para combater a chegada dos rebeldes?, questionou ao observar que o "Ocidente dispõe de alta tecnologia que perturbou as comunicações e enviou mensagens ao povo" de que o regime de Kadhafi tinha caído, referindo-se a SMS enviadas no domingo aos habitantes de Tripoli.."É uma guerra tecnológica e mediática para causar o caos e o terror na Líbia", considerou.