Justice League, Blade Runner e... Nolan entre os blockbusters para 2017
Num ano em que vai haver congestionamento de blockbusters, Assassin"s Creed, que se estreia em Portugal amanhã (ver texto ao lado), é o primeiro a estrear-se. Hollywood, com efeito de weed ou não, está cada vez a cortar mais nos espetáculos do "meio", os chamados filmes de orçamento mediano, e a apostar quase exclusivamente na carga pesada, ou seja, filmes caríssimos para render milhões. É isto que tem feito o sucesso do negócio do cinema, que em 2016 viu as receitas aumentar. Em Portugal, também são os chamados blockbusters de Hollywood, em especial as comédias de animação dos grandes estúdios, que fazem avançar o mercado, sobretudo numa ótica de consumo em multiplexes de centros comerciais. E 2017 tem tudo para fazer números decentes, a não ser que haja um efeito de fadiga com tanto filme de super-herói.
Porém, nem tudo segue a norma. Dunkirk (junho), produzido pela Warner, é, de alguma forma, o blockbuster fora do baralho. O novo filme de Christopher Nolan será com todas as certezas um espetáculo de grande público e um filme de autor. Um projeto envolto em algum secretismo que documenta a batalha decisiva da II Guerra Mundial em Dunquerque, em França.
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Tom Hardy e Cillian Murphy são as estrelas de um épico de guerra que põe em questão a identidade do género "filme de guerra". O que se sabe é que é filmado em formato largo, em 35 mm, e que promete ser uma inovadora experiência em IMAX. Mas promete ser também um filme com gente humana lá dentro.
O blockbuster que mais público pode fazer em Portugal é Velocidade Furiosa 8 (abril) de F. Gary Gray, uma saga que entre nós tem uma popularidade invejável. Diz-se que é o maior, o mais depravado e insano da série. Os carros fazem acrobacias dignas de bailados de ficção científica e, para baralhar as coisas, o herói interpretado por Vin Diesel vira-se para o lado do terrorismo, neste caso ao serviço de uma sensualíssima Charlize Theron.
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No capítulo dos super-heróis, neste ano a atração maior é Justice League, de Zack Snyder, a versão dos Avengers da DC Comics, em que teremos juntos Batman, Aquaman, Superman e companhia. Uma excentricidade das grandes que só chega aos nossos ecrãs em meados de novembro.
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Antes, Thor - Ragnarok , de Taika Waititi, filme cuja história está ainda fechada a sete chaves. Espera-se apenas que haja um humor menos convencional, quanto mais não seja porque é realizado pelo neozelandês que fez Hunt for the Wilderpeople, um dos mais celebrados filmes de 2016.
Quem precisa de mais um Spiderman? Neste caso, um reboot com um novo ator? Nem vale a pena responder mas quem realizou Homem-Aranha: Regresso a Casa (julho) acredita que esta história das primeiras aventuras do rapaz que dispara teias de aranha poderá ainda rentabilizar a simpatia do herói, já antes apresentado no anterior Capitão América. O cineasta em questão é Jon Watts e não tem provas dadas em filmes desta pedalada. Resta-nos Tom Holland, ator que tem carisma, embora só isso não chegue (nem de propósito, o marketing do filme capitaliza Robert Downey Jr. como Homem de Ferro, supostamente num papel maior do que um mero cameo).
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Da Marvel é preferível esperar coisas melhores em Guardiões da Galáxia - Volume 2, de James Gunn, sequela daquele que é até agora o melhor objeto de cinema deste novo império de produção. Rezemos para que esta história de mercenários espaciais mantenha a veia pop e um humor sempre nos limites do incorreto. O primeiro trailer é uma delícia completa. Aterra em maio.
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Incógnita grande é Mulher Maravilha, o filme stand-alone desta super-heroína de origens amazonas. Patty Jenkins, de Monstro, é a realizadora e, pelas primeiras amostras, parece haver uma certa contenção. Vale sempre a pena lembrar que Gal Gadot, a protagonista, era o melhor de Batman vs. Super-Homem: O Despertar da Justiça. Estreia-se em junho.
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2017 será também o ano do regresso mais temido: Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve. Tem a bênção de Ridley Scott e um avanço narrativo na história. Harrison Ford retoma o papel mas é Ryan Gosling o protagonista. No teaser já se percebeu que será ultraestilizado.
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Esperemos por outubro com misto de esperança e desconfiança, palavras que podem servir para Alien - Convenant, do próprio Ridley Scott. Trata-se da sequela de Prometeus e é garantido que terá mais aliens e mais sangue. A ficção científica parece estar em força mas aqui o género dominante poderá ser o terror puro. A confirmar em maio.
Nos antípodas, duas animações vão chegar com carga de gigante de bilheteiras. Primeiro Carros 3 (junho), de Brian Fee, a nova galinha dos ovos de ouro da Pixar. Os Mínimos não têm ainda a sequela pronta mas serão vistos em Gru, O Mal-Disposto 3 (finais de junho). Não importa a história, não importa a qualidade - a criançada que viu os outros dois não dispensa esta diversão.
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Para o Natal não falta o segundo Star Wars desta nova fornada. O Episódio VIII é da responsabilidade de Rian Johnson e deverá ser dedicado a Carrie Fisher, que aqui não aparece "animada" como em Rogue One.
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