Justiça pede penas de 8 anos para controladores aéreos

O Procurador-Geral de Espanha anunciou hoje que o Ministério Público vai propor penas de até oito anos de prisão para os controladores aéreos que na sexta-feira passada abandonaram os seus postos de trabalho.
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Os factos protagonizados pelos controladores, que provocaram o encerramento do espaço aéreo espanhol e levaram o Governo a decretar o "estado de alarme", constituem um delito "muito grave", sancionado com penas de entre três e oito anos de prisão, disse o Procurador-Geral, antes de presidir a uma reunião de procuradores em Saragoça.

Para Conde Pumpido, o conflito protagonizado pelos controladores não é um problema laboral, porque não se utilizaram as vias previstas nestes casos, recorrendo-se antes a um abandono do posto de trabalho "premeditado", "concertado" e "colectivo", com danos graves para os cidadãos e para Espanha. O Procurador confirmou que foram abertas mais de 20 diligências em toda a Espanha e que vão ser exigidas responsabilidades a mais de 400 pessoas.

O Governo espanhol decretou sábado o "estado de alarme", pela primeira vez na Espanha democrática, depois de sexta-feira à tarde os controladores aéreos terem abandonado colectivamente o trabalho, sem aviso prévio, em protesto contra uma nova lei de regulamentação dos seus horários de trabalho.

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