Juliette Binoche, actriz romanesca

"O Meu Belo Sol Interior", Claire Denis
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Cineasta das margens da produção francesa, escapando sempre a qualquer rótulo, Claire Denis regressa com um filme que é, antes do mais, uma dádiva à sua atriz principal, Juliette Binoche.

E o menos que se pode dizer é que Binoche corresponde com um misto de espontaneidade e inteligência, experimentando todas as variações sobre uma matriz, afinal, muito convencional: a mulher de meia-idade que interroga as suas relações com o universo masculino.

Em qualquer caso, os resultados são tudo menos convencionais, valorizando a palavra como instrumento erótico do pensamento amoroso (ou, se quiserem, instrumento amoroso do pensamento erótico...).

Reencontramos, assim, a herança muito viva de um certo romanesco francês que tem em François Truffaut (1932-1984) uma das suas referências mitológicas.

Classificação: **** (muito bom)

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