Juíza irmã de Gisele Bündchen vetou ação popular contra posse de Lula
Ao assumir um cargo no governo o ex-presidente ganhava foro privilegiado e só poderia ser julgado pelo Supremo Tribunal de Federal. A oposição contestou a nomeação, considerando a tomada de posse como uma manobra para fugir às investigações da Lava-Jato, conduzidas pelo juiz federal Sérgio Moro.
A decisão de indeferir a ação popular foi anunciada esta quarta-feira à noite pela juíza Graziela Bündchen, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre.
Graziela Bündchen, de 39 anos, é uma das cinco irmãs da supermodelo Gisele Bündchen, de 35 anos, que está casada com a estrela do futebol norte-americano Tom Brady.
Na sentença, Bündchen afirma que a jurisdição do Supremo não é adequada para o caso e que as investigações da operação Lava-Jato já estão a ser conduzidas pelo Ministério Público Federal sob jurisdição criminal.
"Há que se concluir, no entanto, pela ausência de interesse de agir do autor em ver preservada a jurisdição criminal de primeiro grau, tanto da Justiça Federal como da Justiça Estadual, pois tal matéria deverá ser objeto de decisão no âmbito da própria jurisdição criminal, não se justificando que, por via transversa, por meio de ação popular, estabeleça-se a competência para o processamento das ações criminais a que esteja submetido o requerido", declarou a juíza.
Entretanto, Gisele Bündchen, que parece colocar-se do "outro lado" da discussão política polarizada no Brasil, reagiu nas redes sociais com uma mensagem de apoio ao juiz Sérgio Moro. A modelo publicou uma fotografia no Instagram onde aparece a orar com a imagem da bandeira brasileira como pano de fundo. No post que fez cita o juiz Sérgio Moro e escreve :"A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes..."