Judiciária acaba com grupo violento

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A PJ conseguiu finalmente prender, preventivamente, dois perigosos bandidos, indiciados por vários assaltos à mão armada e tidos como rostos do crime violento na Grande Lisboa. Já tinham sido detidos três vezes, mas os juízes sempre os deixaram sair em liberdade. Desta vez, ficaram presos dois indivíduos considerados perigosos, suspeitos de, alegadamente, estarem envolvidos em vários assaltos à mão armada a carrinhas de transporte de valores, foram ontem presos preventivamente. Há muito tempo conhecidos das autoridades, já tinham sido detidos três vezes, mas os juízes sempre os mandaram em liberdade.


Assim, para a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da Polícia Judiciária (PJ), o dia de ontem foi de particular regozijo ao verificar que o Tribunal de Instrução Criminal decretou a máxima medida de coacção aos dois sujeitos. Os crimes de que estão indiciados foram levados a cabo desde Maio de 2007 na área da Grande Lisboa, e no âmbito dos quais procederam ao roubo violento de um montante de dinheiro consideravelmente elevado. Ambos, a rondar os 30 anos, são suspeitos de liderarem um grupo "especialista" em assaltos a funcionários de empresas de transporte de valores, à mão armada.


As detenções, levadas a cabo pela DCCB, decorreram na quinta-feira, na Quinta do Mocho, Loures. Os suspeitos há muito que estavam referenciados. Inclusivamente, já tinham sido apanhados e levados a tribunal. "Pelo menos três vezes", contou ao DN o coordenador da DCCB, Pedro Felício. Mas, ao abrigo das recentes alterações ao Código de Processo Penal, os juízes mandaram-nos sempre em liberdade. Excepto um membro do grupo, que morreu numa fuga.


Segundo a PJ, "esta estrutura criminosa utilizava um modus operandi particularmente intenso e violento, normalmente acompanhado de disparos de armas de fogo, com o recurso a motos e a viaturas automóveis de elevada cilindrada para a realização de actuações rápidas e selectivas".


Foi o que aconteceu, por exemplo, em Fevereiro, na papelaria "Castelo de Palavras", em Santa Iria da Azóia, que albergava uma caixa multibanco. O assaltante acabou por fugir de moto depois de o funcionário da Prosegur, que acabara de carregar a ATM, ter disparado um tiro para o ar, contou ao DN Sara Magalhães, funcionária do estabelecimento. "O funcionário estava a carregar a caixa multibanco, mas apercebeu-se da presença do assaltante e voltou a colocar o dinheiro no cofre. O homem não chegou a levar nada", esclareceu a mesma testemunha.


Este é um dos vários assaltos de que os dois detidos são suspeitos. Terão também participado no assalto à mão armada a uma pastelaria na Pontinha, em Maio do ano passado, e em pelo menos outros seis roubos especialmente violentos.


Desta vez, porém, o juiz que os ouviu ontem impediu que saíssem em liberdade. Para os investigadores, foi um sinal de que valerá a pena continuar a combater o crime.

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