Jovem salva no Bangladesh já tinha perdido esperança
A jovem, que foi a última pessoa a ser resgatada com vida, saiu do quarto do hospital onde tem estado internada para contar aquilo que viveu enquanto esteve soterrada e admitiu que não pode ajudar um homem que estava ao lado dela.
"Ele pediu-me água, mas eu não pude ajudar. Ele morreu", contou. Reshmi - que tinha começado a trabalhar a 2 de abril e o edifício ruiu a 24 desse mês - sobreviveu com um ferimento na cabeça e graças a umas bolachas e água que tinha consigo. Agora, garante que não voltará a trabalhar no setor dos texteis.
As autoridades deram ontem por terminadas as buscas, com o balanço oficial de 1127 mortos, 2.438 feridos e 98 desaparecidos.
A tragédia chamou a atenção para a exploração e as péssimas condições laborais dos trabalhadores, desencadeando protestos dos operários e levando as autoridades do Bangladesh e algumas das marcas internacionais cujas roupas são ali confecionadas a anunciar medidas.
Várias marcas de roupa, entre as quais Mango, Primark, H&M, Inditex (que detém a Zara), Benetton ou Marks & Spencer, vão assinar um acordo sobre segurança no trabalho e prevenção de incêndios para evitar novas tragédias.