Jovem armada inglesa quer reconquistar estatuto mundial

A seleção de Southgate qualificou-se para este Mundial sem derrotas
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A Inglaterra está longe de figurar na lista dos favoritos a este Campeonato do Mundo. O seu nome não consta nos habituais palpites pedidos por estes dias a todas as figuras que giram em torno da bola, e nem as casas de apostas lhes dão a honra de figurar nos cinco mais prováveis vencedores. A este facto não é alheio a fraca campanha realizada no Euro 2016 - eliminação nos oitavos de final com a Islândia - nem a eliminação precoce na fase de grupos do Mundial 2014.

Porém, esta é uma Inglaterra diferente das edições anteriores, desde logo devido à contratação de Southgate para selecionador em novembro de 2016 e depois graças a uma renovação assente nas novas joias da coroa britânica.

Vamos primeiro aos resultados desta revolução. Para chegar até à Rússia, a seleção britânica teve uma tranquila caminhada no grupo F de qualificação. Entre oito vitórias e dois empates, a armada real terminou o grupo na liderança a distantes oito pontos da Eslováquia, segunda classificada. A preparação continuou este ano com quatro jogos sem derrotas frente a Holanda (1-0), Itália (1-1), Nigéria (2-1) e Costa Rica (2-0). E tudo isto levado a cabo por um grupo de jovens que dão cada vez mais garantias. Das 32 seleções em solo russo, o conjunto inglês é o segundo mais novo com uma média de 26,1 só batida mesmo pela Nigéria.

Até por isso, pela qualidade e quantidade de jogadores que tem à sua disposição, Southgate arrumou esta equipa num 3-5-2 onde cabem Harry Kane (24 anos), Lingard (25 anos), Sterling (23 anos) e Dele Alli (22 anos). Estes quatro jogadores juntos valeram esta temporada na Liga Inglesa algo como 65 golos. Nesta festa da juventude, a própria defesa, onde a idade costuma ser um posto, não destoa: John Stones (22), Walker (26) e Maguire (23) são os três prováveis centrais, e Jordan Pickford (24 anos) ocupará o lugar entre os postes.

Confrontado com este tema na conferência de antevisão da partida, Southgate deu conta que ter jogadores nesta faixa etária é também sinónimo de ter jogadores sem vícios, e com outras qualidades futebolísticas que os seus antecessores: "Os jogadores do passado já tiveram as suas oportunidades. Esta equipa vê as coisas e joga de maneira diferente". E para quem os acusa de inexperiência, o técnico recorda onde joga cada um deles e os encontros decisivos que já participaram quer na Liga Inglesa como na Liga dos Campeões.

A estreia dos britânicos acontece às 19.00 desta segunda-feira diante da Tunísia, em jogo do grupo G, seleções que já se defrontaram por duas vezes na história com saldo favorável para os ingleses: uma vitória e um empate.

No outro jogo do grupo, a Bélgica joga frente ao Panamá às 16.00.

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