José Veiga tentou envolver Carregosa na compra de banco de Cabo Verde

Antes de avançar sozinho, empresário quis Banco Carregosa como sócio no negócio, mas este recursou e apenas terá dado assessoria financeira
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Antes de avançar sozinho para a compra do Novo Banco de Cabo Verde, negócio que está a ser investigado pelo Ministério Público no processo "Rota do Atlântico", José Veiga tentou incluir o Banco Carregosa na compra, segundo informações recolhidas pelo DN. Porém, perante a recursa, José Veiga avançou sozinho através da sociedade "Norwich Groupe". Ontem, o Banco de Portugal (BdP) divulgou a sua oposição ao negócio, uma posição que invalida a compra, já que o contrato assinado por Veiga e pela administração do Novo Banco estava condicionado ao parecer dos supervisores.

Contatado pelo DN, o Banco Carregosa não confirmou nem desmentiu a informação da eventual parceria com José Veiga, suspeito dos crimes de corrupção no comércio internacional, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influências. A instituição limitou-se a dizer que as questões colocadas pelo DN "esbarram no sigilo bancário ou no segredo de justiça, pelo que não faremos qualquer comentário". Além da parceria em estudo com José Veiga, o DN questionu o Carregosa se, ao abrigo da Lei de Prevenção e Branqueamento de Capitais, alguma vez informou o Ministério Público sobre contas bancárias do antigo empresário de jogadores de futebol, cujo dinheiro pudesse ter origem duvidosa.

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