José Guedes recusa falar no tribunal

José Guedes, acusado do homicídio de uma rapariga de 18 anos, na Póvoa do Paço, entre Esgueira e Cacia, em Janeiro de 2000, remeteu-se ao silêncio no inicio do julgamento, na manhã desta segunda feira, no tribunal de Aveiro.
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O arguido, de 46 anos, residente de Matosinhos, empregado de mesa e operário de construção civil ocasional, seguiu a estratégia da defesa para quem compete ao Ministério Público (MP) provar a acusação.

"A brincadeira do senhor Guedes, e do filho, que os levou a falar com a jornalista Felícia Cabrita, já o fez pagar quase um ano de prisão", disse a advogada Poliana Ribeiro nas disposições introdutórias.

Já a procuradora MP, Marianela Figueiredo, lembrou entre outros indícios do envolvimento de José Guedes, o facto de ter conseguido "convencer até familiares mais proximos", nomeadamente a esposa e o filho, da autoria de homicídios.

Muito antes do caso surgir publicamente, no inicio através de entrevistas filmadas pela jornalista Felícia Cabrita, a esposa do arguido, Maria Nazaré, a 15 Agosto de 2010, enviou uma mensagem de telemóvel para uma outra mulher, que desconfiava ser amante do marido.

Diz a M. Deolinda "que é a mullher mais sortuda do mundo", admirando-se por José Guedes não "a ter matado ou estripado". E deixa um aviso. "Não é meu mas teu não será, tenho provas para pô-lo lá dentro".

A 27 Julho de 2011, Pedro Joel, filho do arguido, numa entrevista para entrar no programa televisivo "Casa dos Segredos", afirmou que o seu segredo consistia em conhecer "a identidade" do estripador de Lisboa", uma "pessoa que era seu familiar". Deu "como seguro que o crime estava prescrito", notou a procuradora.

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