José Fernando Rio explica candidatura: "O FC Porto precisa de um novo rumo"
José Fernando Rio, candidato à presidência do FC Porto nas eleições do próximo dia 18 de abril, explicou nesta terça-feira, através de um longo texto colocado nas redes sociais, as razões que o levaram a avançar com uma candidatura contra Pinto da Costa.
O jurista de 52 anos, comentador do Porto Canal e do programa Trio de Ataque, da RTP3, aponta a falta de títulos nos últimos anos e a preocupante situação financeira como algumas das razões que o levaram a avançar.
"O FC Porto, tal como o conhecemos, não pode morrer por causa de uma dívida de gratidão", começa por apontar. "Com muita pena minha, não podemos deixar de constatar que dos últimos 25 troféus internos, o FC Porto ganhou apenas dois. Isto era uma situação impensável há poucos anos! Independentemente dos métodos usados, a verdade é que nos últimos 6 anos vimos o nosso rival ser campeão 5 vezes. Nem sempre de forma justa e nem sempre de forma limpa. Mas isto também demonstra que o clube perdeu capacidade de intervenção - ou ter-se-á afastado de forma consciente - nas instituições desportivas nacionais", escreveu.
"Mas pior que uma clara perda de pujança desportiva, mesmo que mitigada pela assunção da liderança ontem, o FC Porto vive uma ainda mais preocupante falta de sustentabilidade financeira. Para os mais distraídos, gostaria de recordar que saúde financeira e êxito desportivo estão fortemente interligados. Quem tem as suas finanças saudáveis, quem está pujante financeiramente, está sempre mais perto das conquistas e dos títulos. E quem conquista títulos tem sempre mais hipóteses de ver as suas contas melhorar. Pois bem, se desportivamente as coisas têm vindo a declinar para patamares impensáveis há uns anos, em termos financeiros as coisas afiguram-se bem pior", acrescentou.
Considerando o presidente Pinto da Costa "um referência e um ídolo", José Fernando Rio diz contudo que está na hora da mudança. "Foi o melhor presidente que algum clube alguma vez teve no mundo. A minha dívida de gratidão, a dívida de gratidão de todos os portistas, é imensa. No entanto, até onde iremos deixar que essa dívida de gratidão nos leve?", questiona.
"É uma candidatura pensada, amadurecida e que conta com um projeto e uma equipa sólidos. É uma candidatura pelo FC Porto e não contra ninguém. É uma candidatura de quem ama o seu clube e diz presente num momento delicado e difícil. Não é uma candidatura de calculismos e que aguarda o melhor timing para a promoção pessoal de seja quem for. O momento é este. É este porque é agora que o FC Porto precisa de um novo rumo", acrescentou o jurista, socio n.º 22122 dos dragões.