Jornalista que divulgou escândalo abandona 'The Guardian'
"A decisão de ir-me embora não foi fácil de tomar, mas fui confrontado com uma oportunidade de sonho, que só aparece uma vez na carreira de um jornalista, e que não poderia recusar", escreveu Greenwald no seu blogue pessoal, ontem à noite.
Quanto ao novo passo na sua carreira jornalística, Glenn adiantou que é um "projeto de media muito bem financiado", mas não quis entrar em pormenores. "Como a notícia se espalhou antes de estarmos preparados para a anunciar, ainda não estou em condições de revelar detalhes acerca desta nova aventura, mas serão desvendados em breve", garantiu.
O jornalista fez ainda questão de esclarecer que, apesar de abdicar do seu cargo no conceituado jornal britânico The Guardian, a sua partida não foi provocada por nenhum atrito com a empresa: "A minha parceria com o Guardian foi extremamente proveitosa e enriquecedora: tenho uma grande estima pelos editores e jornalistas com quem trabalhei e sinto-me incrivelmente orgulhoso de tudo o que conseguimos fazer", frisou.
Glenn Greenwald abandonou o anonimato quando, em junho, publicou documentos secretos da Agência Nacional de Segurança dos EUA, fornecidos por Edward Snowden, ex-analista informático dessa empresa, que revelaram que o governo norte-americano tinha recolhido um grande número de informações restritas de empresas de alta patente.