Jornalista John Cantlie reaparece em novo vídeo do Estado Islâmico
O jornalista britânico John Cantlie, refém do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) aparece num novo vídeo de propaganda da organização 'jihadista' em Mossul, o seu principal bastião no norte do Iraque.
Na gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, Cantlie critica os ataques aéreos da coligação internacional e da aviação iraquiana na Universidade de Mossul, na zona de Al Yabesat e num banco, situado no centro de Mossul.
O novo vídeo, difundido pela agência Amaq, associada com grupo terrorista, dura três minutos e 13 segundos e foi gravado na última semana do mês do jejum muçulmano do Ramadão, que decorreu entre 05 de junho e 06 de julho.
Cantlie apresenta-se como um jornalista e pergunta "por que é que a aviação dos Estados Unidos tenta destruir uma das mais antigas universidades, bombardeia um banco no centro de um mercado e destrói casas de civis".
Desde que tomou Mossul em 10 de junho de 2014, de acordo com fontes de segurança e governamentais não identificadas à AFP, o grupo terrorista usava a Universidade de Mossul para armazenar armamento e explosivos.
Entretanto, desde que os seus principais feudos foram atacados, o EI recorreu a novos locais, situados em bairros residenciais.
Cantlie apareceu num outro vídeo em 19 de março último com características semelhantes, também em Mossul, no qual denunciou os riscos para a população civil resultantes dos ataques contra a capital iraquiana do "califado".
O jornalista está refém do EI desde novembro de 2012 e foi protagonista de vários vídeos de propaganda realizados em diferentes localidades conquistadas pelos 'jihadistas', nos quais aparece sempre como repórter.
Cantlie era jornalista "freelance" e trabalhou para vários meios de comunicação britânicos, entre os quais o The Sunday Telegraph e o The Sunday Times, antes de ser sequestrado na Síria.