Jogar com as noções espaço-temporais

Crítica a "Dunkirk", de Christopher Nolan.
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Meditação sobre o tempo e o espaço no cinema narrativo para grandes massas? Correto, Dunkirk é isso e também um regresso de Chris Nolan a um cinema onde as coordenadas de espetáculo remetem para a ordem de prazer que Memento [2000] trazia. Mas, desta vez, foi-se a vertigem que Inception - A Origem ou O Terceiro Passo apontavam. Nolan quer reinventar o filme de guerra mas sua noção de espetacularidade é demasiado pouco perscrutada. Se é verdade que este protegido da Warner pretende ser aprendiz do mestre Stanley Kubrik, também um cineasta da Warner, Dunkirk não tem a profundidade que pretendia. Está cheio de pompa, apenas.

Pior de tudo, ficamos a pensar em O Resgate do Soldado Ryan, de Spielberg. O suspense aqui e as suas indicações do "horror da guerra" nunca nos colocam no campo da batalha. Ficamos antes na bancada VIP da trincheira. Na bancada da estética IMAX...

Classificação: *** Bom

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