João Serra diz que nunca acusou CCDR-N de atrasos

O presidente da Fundação Cidade de Guimarães afirmou que "nunca" acusou a CCDR-N de "atrasos" no reembolso do financiamento europeu à Capital Europeia da Cultura Guimarães2012, mas apontou que o período de análise das candidaturas "se excedeu um pouco".
Publicado a
Atualizado a

João Serra reconheceu, no entanto, que houve "atrasos" da parte da Fundação Cidade de Guimarães (FCG) "até julho" de 2011, os quais "entretanto foram recuperados".

Confrontado pela agência Lusa com um comunicado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que recusou haver "atrasos" na transferência de verbas para a Capital Europeia da Cultura (CEC) Guimarães2012, João Serra disse que foi "mal interpretado".

"Eu nunca usei a palavra atraso para referir a ação da CCDR-N", sublinhou, adiantando, no entanto, que o "tempo" com que a Fundação Cidade de Guimarães contava para começar a receber a contrapartida europeia para a CEC "se excedeu um pouco".

O responsável por Guimarães2012 apontou que a "CCDR-N tem um período mínimo e um máximo para análise de projetos e candidaturas", considerando que esse período "está a ser mais longo" do que a Fundação previu.

"Tudo aquilo que a CCDR-N possa fazer para encurtar o tempo de análise é vantajoso para nós", afirmou.

No comunicado, a CCDR-N informa ainda que "de fevereiro a maio de 2012 foram submetidas 14 candidaturas ao Programa Operacional Regional do Norte, ON.2 - O Novo Norte".

Questionado sobre se a apresentação de candidaturas já após o início de Guimarães2012 não seria tardia, João Serra refutou a ideia, explicando que aquelas só podem ser apresentadas "já próximo dos eventos" porque "têm que ser muito pormenorizadas".

Segundo João Serra, "a regras estipulam que a Fundação tem até julho para apresentar candidaturas aos fundos europeus disponíveis".

O presidente da Fundação admitiu que houve atrasos, mas "no primeiro semestre de 2011", época em que a estrutura era ainda presidida por Cristina Azevedo, apontando que eles aconteceram, nomeadamente, "na preparação da produção e na elaboração do protocolo com A Oficina".

Sobre os empréstimos anunciados, João Serra garantiu que "são apenas para fazer face a dificuldades de tesouraria provocadas pelo intervalo entre os gastos e o reembolso pelos fundos europeus" e "já estavam equacionados desde o Conselho Geral da FCG em outubro".

Serra disse ainda que a programação cultural do evento "nunca esteve em causa" e que os "ajustes" realizados foram "meramente temporais", referindo-se à recalendarização do programa Constelações, da área Tempos Cruzados.

"Este é um programa a cargo das associações e estas não têm o acesso à banca que a Fundação tem e optaram, e bem, por um adiamento", considerou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt