O PCP absteve-se num voto de "condenação da perseguição da população LGBT" [lésbicas, gays, bissexuais e transexuais], como propôs a bancada do BE. Segundo os bloquistas, "foi noticiado, em vários órgãos de comunicação social internacional, que o Governo da República da Chechénia, região autónoma integrada na Federação Russa, terá aberto um campo de concentração para população LGBT"..Este voto de condenação foi aprovado por todas as bancadas, com a abstenção dos comunistas. Numa declaração de voto do grupo parlamentar do PCP, apresentada logo após a votação, lê-se que "não tendo sido possível confirmar os factos invocados", a bancada comunista "não pode acompanhar a iniciativa que se funda, como o próprio texto assinala, no que "foi noticiado, em vários órgãos de comunicação social internacional".".Depois de conhecidas as notícias sobre esse campo, o Governo russo de Vladimir Putin notou que as informações "não se confirmam", falando mesmo em "queixas de fantasmas"..[artigo:6232798].Para o BE, "segundo relatos de vítimas e denúncias de grupos russos de defesa dos direitos humanos, dezenas de homossexuais foram detidos e mantidos em cativeiro num antigo quartel militar na cidade chechena de Argun, onde são torturados por espancamento e com recurso a choques elétricos" e que "até à data, foram registadas três mortes"..[artigo:6213576].Na referida declaração, assinada pela deputada Carla Cruz, "o grupo parlamentar do PCP começa por reafirmar a sua defesa intransigente de todas as liberdades, condenando as medidas que atentem contra os direitos, liberdades e garantias e todas as formas de discriminação, incluindo em função da orientação sexual"..Logo após a votação, ouviu-se no plenário, sem ser possível identificar o autor do aparte parlamentar, que "não há gays no PCP".