João Leão: "Primeiro cheque chega nas próximas semanas"

Ministro das Finanças afirmou esta terça-feira em Bruxelas que "nas próximas semanas" Portugal começará a receber o dinheiro destinado à recuperação económica, agora que o plano do Governo foi validado na última etapa de aprovação.
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"Esta aprovação final por parte do ministro das Finanças da União Europeia vai permitir que dentro das próximas semanas, possivelmente ainda este mês, o primeiro cheque chegue, de facto, ao Estado português para ajudar a financiar a recuperação económica e social que o país precisa", afirmou esta terça-feira João Leão, o ministro das Finanças. Até ao final do ano será entregue a Portugal uma primeira parcela de pré-financiamento de 2000 milhões de euros. Globalmente, o PRR tem destinados 16,6 mil milhões de euros para Portugal - 13,9 mil milhões em subvenções a fundo perdido.

"Estes fundos europeus vão chegar no momento ideal e chave para Portugal", afirmou o ministro, referindo que "estamos agora na fase de transição da fase de emergência, que ocorreu até há pouco tempo, em que o Estado se concentrou em dar apoios de emergência às empresas e às famílias".

"Agora nesta fase com o plano de vacinação a avançar muito depressa estamos no momento chave para lançar a recuperação económica do país" através do plano validado por todos os ministros das finanças da União Europeia, referiu ainda João Leão.

"Foi considerado um plano muito ambicioso, de grande qualidade, e que vai permitir a Portugal encetar um período de recuperação económica muito importante, ao mesmo tempo que faz uma transição digital e ambiental importante para o futuro do país", prosseguiu.

Já esta terça-feira de manhã, o ministro tinha saudado o passo final para a aprovação do primeiro conjunto de 12 planos de Recuperação e Resiliência, entre os quais se inclui o plano português, razão pela qual Leão se confessou "orgulhoso".

O ministro considerou que se trata de um momento de viragem para Portugal e para a Europa, que é resultado de "seis meses de trabalho intenso da presidência portuguesa da União Europeia".

O comissário da Economia, Paolo Gentiloni detalhou que as primeiras parcelas poderão estar disponíveis dentro de duas semanas. No caso de Portugal espera-se uma primeira parcela de mais de 2 mil milhões de euros do pré-financiamento de 13% do montante global do plano.

O comissário também sintetizou a mensagem que pretendem passar no dia de hoje, de que os planos chegam "no momento certo".

"Creio que é muito importante que esta aprovação formal final destes planos ocorra no exato momento em que a retoma já está em curso", afirmou Gentiloni, convicto de que a aprovação dos planos dará um sinal que "irá aumentar a confiança nos mercados, nos países, permitindo que os investimentos e as reformas arranquem".

Em relação ao plano português, "38% é para ajudar a transição verde e combater as alterações climáticas, promovendo a eficiência energética, [e] promovendo também a descarbonização da indústria e melhorando o ambiente".

"Os restantes 22% do plano são para melhorar em termos digitais a administração pública e as empresas", apontou, referindo também "investimentos muito significativos nas escolas e centros profissionais".

Seguindo a recomendação da Comissão Europeia, os ministros das Finanças da UE deram luz verde ao conjunto inicial de 12 planos, nomeadamente o de Portugal, Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Espanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Letónia e Luxemburgo.

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