João Doria ganha primárias no PSDB e é pré-candidato à presidência
Depois de uma semana de adiamento por problemas informáticos, as eleições primárias do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) chegaram ao fim na madrugada de domingo, 28, com a vitória de João Doria. O atual governador de São Paulo somou quase 55% dos votos, mais de 10 pontos à frente de Eduardo Leite, seu homólogo do Rio Grande do Sul. Doria é então o pré-candidato do partido que chegou a governar o Brasil de 1995 a 2002, sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso.
O pré-candidato já se ofereceu como representante "terceira via" a Lula da Silva, presidente de 2003 a 2010 e líder das sondagens para 2022, e a Jair Bolsonaro, o atual presidente e segundo classificado nas intenções de voto. E mostrou intenção de manter reuniões com outros pré-candidatos, como o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), e os senadores Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD) para uma eventual fusão de candidaturas.
"É possível. Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato, assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora, e o senador Rodrigo Pacheco, com boa postura e equilíbrio", disse o ainda governador paulista.
Leite, um dos derrotados (o outro foi Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus com 1%), recusou o convite do vencedor de ser o coordenador da campanha de Doria e é dado como eventual reforço do União Brasil, outro partido de centro-direita.
O vencedor das primárias tem 63 anos e tornou-se protagonista da política brasileira apenas em 2017, ao conquistar a prefeitura de São Paulo. Depois, concorreu e venceu o governo do estado mais populoso e mais rico do país em 2019. Antes, fundou um grupo de comunicação e marketing e chegou a apresentar na televisão a versão brasileira do programa O Aprendiz, originalmente interpretada por Donald Trump, nos Estados Unidos.