Jihadistas proibem manequins nas lojas e venda de lingerie

Os jihadistas do estado islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) proibiram hoje no seu reduto de Raqa, no norte da Síria, a existência manequins em lojas e a venda de roupas íntimas das mulheres aos homens.
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A decisão anunciada pelo grupo de extremistas proíbe também que homens e mulheres façam compras em conjunto, a não ser que sejam casados, adiantou o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, uma Organização Não Governamental (ONG).

A Agência France Presse (AFP) acrescenta ainda que as vestes tradicionais à venda não devem ser nem "apertada, transparente ou ornamentada".

Situada a 550 km a nordeste de Damasco, Raqa é a única capital da província da Síria que escapa ao domínio do regime do presidente Bashar al-Assad, estando totalmente controlada pelo EIIL.

Nascido no Iraque, na sequência da invasão de 2003 dos Estados Unidos da América (EUA), este grupo tem sido tão cruel que o povo se insurgiu contra ele.

Os seus combatentes têm multiplicado o sequestro de rebeldes, ativistas e civis acusados de "crimes" de todos os tipos, como o tabagismo. Uma mulher recebeu 40 chicotadas por não cobrir o rosto, de acordo com ativistas.

De acordo com Sema Nassar, um ativista conhecido dos direitos humanos, "o EIIL detém mais de mil pessoas na província de Raqa, mas é impossível saber o número real".

A tortura é praticada de forma sistemática, as execuções são frequentes e as prisões diárias. Muitos dos detidos estão desaparecidos, assegura Sema Nassar.

Em tempos aliado contra o regime de Assad, o EIIL e os rebeldes estão há meses envolvidos numa guerra no Norte, onde o grupo ultra-radical é acusado das piores atrocidades e controle hegemônico.

Os seus combatentes foram também expulsos de diversas áreas.

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