Jerónimo traça meta para autárquicas: "Confirmar maiorias e conquistar novas posições e mandatos"

Secretário-geral do PCP definiu prioridades imediatas para ação do partido: mexer no Código Laboral. Terminou o XX Congresso comunista
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Jerónimo de Sousa antecipou que o PCP quer "confirmar maiorias" e "conquistar novas posições e mandatos" nas eleições autárquicas do próximo ano, no discurso de encerramento do XX Congresso do partido, que se realizou este fim de semana em Almada.

Num discurso de 15 minutos que o reeleito secretário-geral comunista terminou de redigir enquanto eram chamados, um a um, os membros eleitos do novo Comité Central do PCP, Jerónimo de Sousa sublinhou que estas eleições para o poder local serão uma oportunidade de "fazer prova da reconhecida capacidade de gestão" dos representantes comunistas.

Para a intervenção final, o líder comunista sintetizou as próximas prioridades do partido, estabelecendo entre essas a necessidade de mexer no Código Laboral. No imediato, Jerónimo recordou a necessidade do "aumento dos salários" e a "fixação do salário mínimo nacional nos 600 euros". Mas também - como já tinha apontado o líder parlamentar do PCP, no debate do Orçamento do Estado - a "revogação da caducidade da contratação coletiva" e o "combate à precariedade".

Se as críticas à Europa e "a esta União Europeia" foram a pedra de toque de muitas intervenções deste Congresso, Jerónimo de Sousa sintetizou a "luta e convergência em torno de uma política concreta", que passa por uma "política patriótica e de esquerda: libertar Portugal da teia de submissão, dependência e constrangimentos impostos pelo euro, renegociar a dívida e recuperar para o país o que é do país", atirou.

Defendendo que o ideal comunista está vivo, mesmo que a sua concretização não seja para este tempo, o secretário-geral do PCP defendeu que "este é o nosso tempo de fazer, de agir, de lutar".

O XX Congresso encerrou os seus trabalhos cerca das 13.30. Antes ouviram-se três hinos que sintetizam o PCP: Avante, camarada, A Internacional e o hino nacional A Portuguesa. "Assim se vê a força do PC", gritaram os congressistas. Estava feita a festa - e logo se iniciou a desmontagem do palco e da plateia pelos militantes do partido.

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