"Acabaste de matar a troika" ou "Cometeste um grande erro", terá dito Jeroen Dijsselbloem ao seu homólogo grego, Yanis Varoufakis, quando se deslocou a Atenas cinco dias depois da vitória do Syriza nas eleições legislativas gregas. Os dois ministros responsáveis pelas Finanças, o holandês e o grego, despediram-se em seguida com um aperto de mão áspero e tenso, que foi captado ao pormenor pelas objetivas dos fotógrafos. O presidente do Eurogrupo começava assim a encarnar a oposição às exigências gregas dentro da zona euro..No reunião de ministros das Finanças da moeda única que precedeu a de ontem, em Bruxelas, Dijsselbloem e Varoufakis voltaram a protagonizar novo embate - com o holandês a dar quatro dias à Grécia para aceitar uma extensão de seis meses do atual programa da troika e o grego a lembrar que na história da Europa os ultimatos nunca resultaram em nada de bom..Os ministros holandês e grego parecem a antítese um do outro em todos os aspetos. Um veste fato e gravata e tem ar certinho, defende a troika (Comissão, FMI e BCE) e as políticas de austeridade levadas a cabo nos países com resgate, é economista e político de carreira. Outro veste ganga e cabedal e assume uma postura de rebeldia, considera que a troika está morta e que é preciso encontrar uma nova abordagem para resolver a crise, diz ser um economista acidental e ter como maior receio poder vir um dia a tornar-se um político..Leia mais na edição impressa ou no epaper do DN.