Jennifer já estava separada de Ben quando ouviu a história da ama
Estávamos em junho de 2015, quando Jennifer Garner e Ben Affleck anunciaram os planos de divórcio. O voto de silêncio que a atriz manteve nos últimos meses quebra-se agora, na edição de março da revista Vanity Fair, lançada na sexta-feira, na qual começa por desmentir rumores de que a ama com quem o ator se terá envolvido foi o motivo da separação. "Nós já estávamos separados meses antes de ouvir a história da ama. Ela não teve nada a ver com a decisão de nos divorciarmos. Não fez parte da equação", garante.
O casamento, do qual resultaram três filhos - Violet, de dez anos, Seraphina, de sete, e Sam, de quatro - durou uma década. "Foi um casamento real. Não foi para as câmaras. Foi uma grande prioridade para mim manter-me nele. E isso não resultou", lamenta.
Apesar de tudo, Affleck continua a ser o amor da sua vida. "Eu não casei com a grande estrela de cinema. Casei com ele. E voltaria a tomar a mesma decisão. Ele é o amor da minha vida. O que é que eu posso fazer em relação a isso? Ele é a pessoa que mais brilha em qualquer sala, a mais carismática, a mais generosa. É apenas um homem complicado", explica a atriz de 43 anos, que continua a manter a proximidade com o ex-marido. "Ainda temos que nos ajudar um ao outro a ultrapassar isto. Ele continua a ser a única pessoa que realmente sabe a verdade sobre as coisas. E eu continuo a ser a única que sabe algumas das verdades dele".
Mesmo perante as alegações de que Ben Affleck a terá traído com a ama da família (Christine Ouzounian, de 28 anos), algo que ele nega, Garner insiste que não cabe ao público castigá-lo. "Ninguém precisa de odiá-lo por mim. Eu não o odeio. Não temos que o massacrar. Não se preocupem, os meus olhos estavam bem abertos durante o casamento. Estou a tomar bem conta de mim".
Sobre o silêncio que manteve até agora, Jennifer Garner explica que foi a melhor forma que encontrou para lidar com o circo mediático em redor da sua vida privada. "Um dia, liguei a CNN e lá estávamos nós. Fiz um voto de silêncio no verão passado para conseguir manter-me offline. Estava totalmente alheada em relação a tudo". Affleck chegou a dizer-lhe "Tu simplesmente não queres saber", mas, na verdade, frisa a atriz, "é o contrário". "Isto magoa-me muito e eu preocupo-me muito. Só não posso ser levada pelas aparências. Não posso deixar que a raiva ou a dor me movam. Preciso de avançar e pensar, acima de tudo, nos meus filhos".
Quanto ao futuro das crianças, a atriz reconhece que ela e Affleck estão completamente "em sintonia". "Claro que perdi o sonho de dançar com o meu marido no casamento da minha filha. Mas deviam ver as caras deles quando ele entra pela porta. E quando vemos os nossos filhos a amar alguém de forma tão pura e completa, então temos que ser amigos dessa pessoa", justifica.
Durante estes meses mais difíceis, revela, encontrou refúgio no humor de Tina Fey e Amy Poehler. "Normalmente, não tenho problemas em dormir, mas tenho tido no último ano e preciso de alguma coisa para desligar o meu cérebro, que tem sido a Tina Fey e a Amy Poehler. Que Deus as abençoe. Eu costumava pensar que nunca iria ver televisão no meu telemóvel, mas acabei por fazê-lo, porque durmo ao lado da minha filha". Garner refere-se a Violet, de quem se aproximou muito ultimamente. "Estou feliz por tê-la ao pé de mim e ela também".
Revisitar velhos hábitos foi outra forma de terapia. "Quando a terra treme, voltamos às coisas da nossa infância. De repente, estava sentada ao piano. Voltei a ir à igreja. Sentei-me e escrevi má poesia durante dias inteiros, porque me sentia muito triste. Precisei de uma aula de dança, fez-me lembrar cenas de luta e eu sentia saudades disso. Sinto a necessidade de bater em alguém". O seu objetivo, sublinha, é "ultrapassar a fase dos lamentos". "Espero ansiosamente recuperar o sentido de humor".
Será que isso passa, também, por voltar a namorar? A atriz hesita na resposta. "Talvez. Não sei. É que todas as pessoas que conheço que estão a ter encontros, bem... Os homens já não ligam de volta.. Eu quero flores, não quero trocar mensagens. No que é que isso me torna? Que tipo de dinossauro sou eu?", atira.
Durante a entrevista com a Vanity Fair, ao falar sobre um novo filme, Wakefield, que acabou de filmar recentemente, e no qual protagoniza uma cena de sexo, Jennifer desabafa ainda sobre o facto de não ter sido beijada durante muito tempo. "Quando não és beijada há mais de oito meses, é estranho [fazer uma cena dessas]. Mas é o meu trabalho", termina.