Jazz de todos os tempos volta em agosto

Grandes formações dominam a programação do Jazz em Agosto, que se realiza na Gulbenkian de 31 de julho a 9 de agosto
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Quando o diretor artístico Rui Neves se senta para programar o festival Jazz em Agosto, que anualmente se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, não parte de princípios previamente definidos. Mas depois de alinhavado o programa chega sempre a várias conclusões que unem os vários concertos. Este ano domina a noção de intemporalidade, graças a concertos do projeto Swedish Azz do sueco Mats Gustafsson (na foto), do encontro de Michael Mantler com a Orquestra Jazz de Matosinhos ou do novo quarteto do norte-americano Wadada Leo Smith.

No dia 1 de agosto o trompetista austríaco Michael Mantler vai juntar-se no Anfiteatro Ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian à Orquestra Jazz de Matosinhos, recuperando o projeto histórico Jazz Composer"s. "Ele fez este projeto em 1968, em Nova Iorque, estava então ligado ao movimento free jazz. Reuniu na altura uma grande orquestra, com solistas de grande gabarito, como Don Cherry ou Pharoah Sanders, e como ele próprio disse, quando reouviu essa música chegou à conclusão que não estava datada. Isso já é um sintoma de intemporalidade. Ele resolveu regravá-la com alterações mínimas, por uma orquestra austríaca, a Nouvelle Cuisine, que por acaso já atuaram no Jazz em Agosto, em 1988. Decidimos convidar a Orquestra Jazz de Matosinhos [OJM] porque a OJM é a nossa única orquestra de jazz que tem tido uma prática regular em convidar compositores de jazz contemporâneo e, por isso, eram os que estavam mais bem posicionados a cumprir este desafio", explica ao DN o diretor artístico.

Veja aqui como foi Fire! de Mats Gustafsson em Berlim em 2013:

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