Javier Cercas vence Prémio Literário Casino da Póvoa
Javier Cercas, com o romance As Leis da Fronteira, foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, o principal das Correntes d'Escritas. O festival literário, que está na 17.º edição, reúne até ao fim de semana 80 escritores de onze países na Póvoa de Varzim.
Foram também anunciados os vencedores dos restantes prémios, designadamente do Conto Infantil Ilustrado, o prémio literário da Papelaria Locus e o da Fundação Dr. Luís Rainha, numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Cultura.
Nascido em Cáceres, em 1962, Javier Cercas tem os seus livros traduzidos em mais de trinta idiomas e tem no currículo diversos prémios literários, nomeadamente o Prémio Cidade de Barcelona, Prémio da Crítica do Chile, o Prémio The Independent Foreign Fiction, ou o The European Athens Prize for Literature. Em 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Internacional do Salão do Livro de Turim pelo conjunto da sua obra.
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De acordo com a ata do júri, As Leis da Fronteira, editada pela Assírio & Alvim, foi a obra escolhida, por maioria, pela atenção dada "às grandes questões da sociedade contemporânea" e pela "opção por uma construção narrativa atenta à polifonia de vozes e aos seus modos distintos de convocação da memória".
Adicionalmente, o júri destacou "a componente de romance de iniciação, quer individual quer coletivamente considerada na Espanha dos primeiros anos de democracia".
O júri do prémio literário Casino da Póvoa foi constituído por Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, Isabel Pires de Lima, João Rios e José Manuel Fajardo.
Para o Prémio Literário Casino da Póvoa, estavam nomeadas, ao todo, 13 obras, num total de 13 finalistas. Adivinhava-se uma luta renhida entre entre as obras de Cláudia Clemente, Valter Hugo Mãe, Mário de Carvalho, José Eduardo Agualusa, Javier Cercas, Daniel Galera, Luísa Costa Gomes, Valério Romão, Teresa Veiga, Leonardo Padura, Paulo Castilho, Lídia Jorge e Dulce Maria Cardoso.
Em 2015, o prémio Correntes d'Escritas Casino da Póvoa foi entregue ao escritor Fernando Echevarria.
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O prémio literário Fundação Dr. Luís Rainha foi atribuído a Ardentia, de Nuno Filipe Santos Silva Azevedo; o prémio literário Correntes d'Escritas Papelaria Locus distinguiu A minha vizinha é vizinha de si mesma, de Maria Teresa Forte Fernandes Gonçalves Teixeira. Já o primeiro prémio do conto infantil ilustrado Correntes d'Escritas Porto Editora foi atribuído a A magia de Ahmed, do 4.º A, da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, de Armamar.