Japão demorou dez anos a voltar a dominar o sumo. Kotoshogiku conseguiu-o

Lutador acabou com a hegemonia mongol na principal competição mundial de sumo e resgatou o orgulho japonês.
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Durante dez anos, o Japão, pátria do sumo, viu-se arredado do trono da arte marcial que criou e mostrou ao mundo. A modalidade tornou-se cada vez mais internacional e um grupo de lutadores mongóis roubou o protagonismo aos nativos japoneses. Mas, no último fim de semana, a longa espera dos nipónicos chegou ao fim: ozeki Kotoshogiku ganhou o Torneio de Sumo do Ano Novo, terminando o jejum que durava desde janeiro de 2006.

O declínio da pátria da arte marcial chegou a este ponto: é notícia a nível mundial que um japonês tenha conseguido vencer um dos seis torneios anuais que compõem a Taça do Imperador, da divisão Makuuchi (o patamar principal da modalidade). Outrora isso era algo banal. Contudo, agora, não acontecia desde que ozeki Tochiazuma vencera o Torneio de Sumo do Ano Novo de 2006.

Ozeki Kotoshogiku, de 31 anos, conseguiu a histórica façanha, com contornos épicos. Para conquistar o yusho (campeonato), ganhou 14 combates e perdeu apenas um. E três desses triunfos foram perante lutadores yokozuna (categoria acima de ozeki). Desde o século XIX, na época moderna do sumo (em que um lutador tenta expulsar o outro de um ringue circular ou fazê-lo tocar no solo com outra parte do corpo que não os pés) nenhum lutador tinha sido capaz derrotar três yokozuna num msmo torneio.

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