Jamie Oliver sai de Inglaterra se Boris Johnson governar
Depois de David Cameron apresentar a sua demissão como primeiro-ministro, na sequência da aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia, Boris Johnson, ex-presidente da câmara de Londres, foi imediatamente apontado como seu possível sucessor. Jamie Oliver, que foi uma das figuras públicas mais ativas no protesto contra o Brexit, já expressou a sua revolta para com essa eventual mudança de poder, ameaçando até abandonar o país caso o cenário se concretize.
"Imploro-vos uma coisa Grã-Bretanha: Deem-me o Boris 'fucking' Johnson como primeiro-ministro e vou-me embora. A minha fé em nós será quebrada para sempre. Por isso cheguem-se à frente - paremos de ser espectadores! Não podemos deixar isto acontecer!", escreveu no Instagram, junto de um vídeo com a bandeira da UE.
O chef britânico de 41 anos destacou ainda que "este referendo fraturou a Europa, separou famílias e dividiu o país". "O divórcio do nosso casamento europeu será muito dispendioso e irá provocar uma amargura para connosco. No entanto, acredito na democracia e a Grã-Bretanha manifestou-se. À minha maneira, vou agora arregaçar as mangas e trabalhar mais arduamente do que nunca para fazer isto resultar".
A mensagem, publicada por Oliver esta segunda-feira de manhã, já superou as 320 mil visualizações e os dois mil comentários, com as opiniões a dividirem-se. No entanto, tal como nota a imprensa britânica, as palavras do chef nenhum efeito terão na escolha do próximo primeiro-ministro britânico, uma vez que não será o público a decidir, mas sim os membros do parlamento e do Partido Conservador.
Jamie Oliver está atualmente à espera do quinto filho com a mulher, Jools, que usou a sua página do Instagram para replicar a mensagem do marido. Casados desde 2000, já são pais de Poppy, de 14 anos, Daisy, de 12, Petal, de seis e Buddy, de cinco. O novo membro deverá nascer em agosto.