Jamaica e Tokyo aguardam vistoria para reabrir
Os vidros das janelas partidos e o entulho acumulado no primeiro piso do prédio onde funciona a discoteca Jamaica espelham os anos de abandono do edifício, cujo segundo andar abateu esta semana, impedindo a abertura das discotecas do rés-do-chão.
O edifício, de propriedade privada e que forma um gaveto na Rua Nova do Carvalho (Lisboa), já tem história nos serviços de protecção civil, que já foram chamados em diversas situações de emergência, como na reabilitação urbana, designadamente na Unidade de Projeto da Baixa-Chiado.
Depois de aconselhados a fechar por causa de um abatimento no segundo andar, as discotecas Jamaica e Tokyo e o bar Europa, que funcionam no rés-do-chão, assumiram a intervenção de retirada do entulho e de escoramento e aguardam pela vistoria do final do dia de hoje para saberem quando podem reabrir.
Até lá, avançaram com obras para garantir a segurança dos recintos e pelo menos o gerente do Jamaica já anunciou que vai avançar com um processo em tribunal para ser ressarcido dos prejuízos.
"Neste momento só em custos da intervenção já são cerca de 10.000 euros. Faltam aqui os custos de funcionamento e os prejuízos. Apesar da crise, o 'Jamaica', que faz 40 anos, tem conseguido manter a facturação nos últimos meses. Mas as notícias espelham-se e só com a média da facturação é que conseguiremos apurar o prejuízo a esse nível", disse à Lusa Fernando Pereira, sócio gerente da emblemática discoteca 'Jamaica'.
O responsável disse ainda que, depois de uma vistoria na quinta-feira, espera ter o entulho todo retirado durante a tarde para que uma nova fiscalização possa decidir se ainda pode abrir hoje. "Se conseguir e se na vistoria as entidades competentes acharem que é seguro a ver se conseguimos abrir hoje", revelou.