Italiano do Sporting-Tavira diz estar bem para começar Volta ao Algarve

Nocentini espera poder começar a mostrar-se já na prova algarvia, garantindo estar confiante
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O ciclista italiano Rinaldo Nocentini, 'chefe-de-fila' do Sporting-Tavira, disse hoje estar bem fisicamente para iniciar a Volta ao Algarve, que será a primeira prova de uma temporada em que a Volta a Portugal "é o principal objetivo".

Nocentini falou aos jornalistas em Cabanas, freguesia do concelho de Tavira, onde a equipa iniciou hoje a preparação para a Volta ao Algarve e disse ter trabalhado bem, depois de também se ter preparado em Itália para iniciar a temporada em boas condições.

"Trabalhei muito e penso que para a Volta ao Algarve estou já numa boa condição. É uma pequena equipa, mas estou muito bem e espero já na Volta ao Algarve dar satisfação ao Sporting-Tavira", afirmou o italiano, comentando também como se sente ao representar a equipa portuguesa.

Rinaldo Nocentini considerou que a equipa "tem muitos jovens, tem corredores com experiência que já competiram em Portugal, e é importante ter estes corredores para ter uma equipa competitiva".

"A equipa deu-me confiança, esta é uma nova aventura e espero dar vitórias, transmitir experiência aos jovens e estou muito feliz de estar aqui", acrescentou.

Sobre a subida ao Malhão, tradicional na Volta ao Algarve e que hoje Nocentini fez pela primeira vez no treino, o italiano afirmou ser "muito dura", embora "não seja longa", e frisou que os "últimos quilómetros são muito exigentes" devido à inclinação do terreno.

Questionado sobre o seu estado de forma, Rinaldo Nocentini respondeu que não irá estar a 100%, "mas a 80/90%", recordou que "há corredores que já fizeram provas", mas sublinhou que, normalmente, no início da temporada, costuma estar "em boa condição" e espera que "este ano também seja assim".

"É o objetivo mais importante da temporada para a equipa, mas agora vou pensar na Volta ao Algarve, vamos fazer prova a prova e mais à frente pensaremos na Volta a Portugal", disse ainda o italiano, quando foi questionado sobre a principal prova do calendário português.

David Livramento foi o outro ciclista que hoje falou com os jornalistas e disse que "o símbolo do Sporting é mais uma pressão", mas é levado "com alegria" e os corredores esperam "retribuir o carinho demonstrado pelas pessoas".

"Estamos todos contentes e com vontade de começar as corridas. A equipa deu um salto muito grande, nota-se na logística e nas condições, e esperamos que consigamos fazer bons resultados no futuro e subir de nível", afirmou Livramento, referindo-se ao que mudou com a entrada do Sporting na equipa de Tavira.

Sobre o trabalho que tem pela frente, David Livramento espera "fazer o máximo de trabalho para equipa e levar sempre o líder o mais possível à frente e deixá-lo, se possível, com a vitória", particularmente na Volta a Portugal, que disse ser a prova em que "todas as equipas se focam".

"Qualquer corrida é importante, nomeadamente a Volta ao Algarve, que tem um nível muito elevado, mas claro que todas as equipas se focam na Volta a Portugal, a qual todos querem ganhar e aparecer e nós não somos exceção, vamos estar sempre focados com esse objetivo, alinhar e tentar vencer a Volta a Portugal de 2016", afirmou.

Volta ao Algarve vai ser a prova "mais complicada do ano" para Sporting-Tavira

O diretor desportivo da equipa de ciclismo Sporting-Tavira afirmou hoje que a Volta ao Algarve será a prova "mais complicada do ano de se fazer", porque ainda não sabe como está o seu nível em relação à concorrência.

"A Volta ao Algarve, sendo a primeira corrida para nós e para as equipas portuguesas que vão alinhar e também fazem a sua estreia, é aquela que é mais difícil do ano de abordar, porque é aquela em que temos as dúvidas todas. Sabemos que o nosso estado físico é bom, mas nunca sabemos, em relação aos adversários, se é suficiente ou não", afirmou Vidal Fitas, após o primeiro treino em Tavira.

O diretor desportivo da nova formação, que uniu o Sporting ao Clube Ciclismo de Tavira, disse que toda a gente está "ansiosa" por começar e "fazer parte de algo que se pretende seja grande", mas espera pelo início da competição, na quarta-feira, para perceber em que medida estão os seus corredores.

"Toda a gente está ansiosa, é um projeto novo, mesmo com muita gente estrangeira, toda a gente já se apercebeu do sítio em que está, e isso, além de ser um fator de ansiedade, de querer se mostrar e querer estar, é um fator de motivação", considerou.

Vidal Fitas reconheceu que "o Sporting traz uma dimensão diferente às coisas", como mostrou hoje a presença de jornalistas no treino da equipa e no contacto com ciclistas e o diretor desportivo, porque a equipa tem "por trás uma instituição que é das maiores do país e isso traz outra dimensão, outra responsabilidade", embora o Tavira esteja "habituados a lutar pelos objetivos e isso não se altera".

Sobre o plantel que tem à disposição, Vidal Fitas disse que as formações "nunca estão completas", mas afirmou que o "plantel tem muita qualidade, adapta-se às características do calendário português, é equipa é muito forte", mas só no fim da temporada, quando olhar para trás, é que poderá dizer se é de sonho e vencedor.

"Partiremos com filosofia de quem vai para ganhar a prova, para sabermos se somos capazes, se a nossa condição é suficiente para estar na luta, para lutar pela vitória", disse em referência à estratégia para a Volta ao Algarve, mostrando-se também "ciente de que tem qualidade a ser explorada, defeitos que terão de ser trabalhados e melhorados".

Questionado sobre a Volta a Portugal, Vidal Fitas respondeu que é uma prova que todas as formações portuguesas ambicionam vencer, mas com o emblema do Sporting por trás a atenção sobre a equipa é ainda maior.

"É evidente que a Volta a Portugal traz sempre responsabilidade às equipas portuguesas todas, é evidente que com uma marca como o Sporting por trás essa responsabilidade aumenta, porque o número de adeptos é maior, o foco é maior e não nos vão pedir outra coisa que não seja lutar pela vitória", reconheceu.

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